quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O Rio de Janeiro é uma vergonha a nível internacional

É como viver num país em guerra. Explodem bueiros e agora prédios inteiros vão pelos ares.

"retrato das duas corporações mais incompetentes do estado"


Incompetência da prefeitura, do governo do estado e, principalmente, do simpático Corpo de Bombeiros que teria a obrigação de inspeção de TODAS as instalações onde houvesse indícios de perigo de explosão. E indícios eram o que não faltavam no tal restaurante Filá Carioca, que a partir de hoje passará a se chamar Presunto Carioca. Mas me parece que os gloriosos soldados do fogo preferem ficar jogano ping-pong num quartel (!!!) que fica bem ali pertinho. Aliás, ou eu muito me engano, é o quartel-general(*) (!!!) da corporação.

Uma vez liguei para o Corpo de Bombeiros para denunciar um veículo (eram vários todos os dias) que estacionara ao lado de um hidrante na rua Bambina. O sargentão que me atendeu, com voz sonolenta, só faltou me mandar ir tomar no cu.

De outra feita, acompanhei um coronel bombeiro pelo prédio do BNDES e aproveitei pra falar que, no Rio de Janeiro, não se obedece a determinação de não se estacionar impedindo o acesso aos hidrantes.

Ele me respondeu em tom zombeteiro: "Isso não é verdade; mas se acontecer nós rebocamos o carro rapidinho". Eu ia dizer que "rapidinho" no caso de um incêndio poderia tirar várias vidas, mas deixei pra lá. Afinal, aqui no Brasil, os bombeiros, inexplicavelmente, também são milicos.

Conheço uma senhora chamada Jandira que trabalha (ou trabalhava) no Edifício Richezza - um dos destruídos pela explosão - numa lojinha de material de música (métodos, cordas, diapasões) e fico sem saber o que aconteceu com ela.

Espero que a carinhosa dona Jandira esteja bem.

(*) o mais correto seria chamar-se "quartel-coronel", já que não existe o posto de general na hierarquia militar (!) do corajoso Corpo de Bombeiros Militares (!).

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