Mario, infelizmente você se utiliza da prática nazi-flamenguista de enviar e-mails provocativos e, quando eu me dou ao trabalho de respondê-los, vem uma mensagem dizendo que você fora e não pode responder. Mas o interessante é que você pode enviar e-mails e ler meu blog. Só não pode receber os meus.
Então, configurei meu Gmail para bloquear suas mensagens. Só mudarei a configuração quando você (se você) deixar de lado esse comportamento deveras escroto.
Mas, aproveito o ensejo (eu sei que você acessa o blog) para responder ao seu e-mail que tem como assunto "Base do Flu torce pelo Mengão".
"Mario, eu sempre joguei no time dos otários. Nunca 'me dei bem'. Não fosse o concurso público eu hoje não estaria recebendo nem os parcos reais da FAPES que depositam na minha combalida conta todo mês.
Sou otário, filho e neto de otários. É genética essa minha otarice. Sempre fico do lado errado. Quando entrei pro banco, eu era contra a ditadura militar, depois, como sou um babaca, entrei para o Partido Comunista. Não preciso dizer que sempre fui odiado pelos senhores doutores técnicos do BNDES. Bobão.
Por isso torço pelo time dos bobocas, otários e viados, o Fluminense. Imagina se eu seria esperto o bastante pra torcer pro Mengão? Torcedor do Mengão é um esperto por natureza. Quer sempre estar do lado da maioria e não tá nem aí pra que tipo de maioria.
Não é à toa que você é o Mário, aquele que fez aquilo atrás do armário. Esperto.
A oportunidade que eu tive de deixar de ser bobo, otário, mané etc. foi muito curta. Foi quando tive a subida honra de partilhar a mesma sala que a sua. Mas, logo depois você se aposentou e eu continuei otário. Quando entrei para o banco, fazíamos parte de patotas diferentes (lembra?), aí mesmo é que não daria pra absorver toda a esperteza, malandragem e sabedoria de um Causaninlhas.
Mas, como diria o talvez meu aparentado general Milton Tavares, de saudoso memória, "estou muito velho pra mudar". Fui, sou e morrerei OTÁRIO.
Nota: li em algum lugar que a palavra "otário" é uma das poucas que pegamos emprestadas do Lunfardo, gíria falada na Argentina e Uruguai. Outra palavra "argentina" seria "bacana". Será que eu sou um "otário bacana".
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