sexta-feira, 25 de novembro de 2011

FORT Xingu repudia campanha dos globais



Nota de repúdio a campanha de artistas da TV Globo contra Belo Monte

O Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu (FORT Xingu), formado por mais de 170 entidades da sociedade civil da região, vem através desta nota à sociedade repudiar de forma veemente a campanha de âmbito nacional desenvolvida por atores da TV Globo contra a construção da usina de Belo Monte, campanha esta que contribui para desinformar a sociedade brasileira sobre este importante projeto, disseminando falsas informações sob o pretexto da defesa do meio ambiente e da população da região.

O projeto de construção de Belo Monte foi exaustivamente discutido pela sociedade durante mais de 30 anos. Nos últimos anos, este processo se intensificou e foram muitas as oportunidades para que toda a sociedade se informasse, inclusive os atores da TV Globo que gravaram um vídeo contra a construção da usina, alegando que a sociedade não foi consultada. É uma pena que nenhum deles tenha participado do processo de discussão e nem mesmo esteve presente nas audiências públicas realizadas na região, onde poderia ter se manifestado sobre o empreendimento e se informado a respeito.



Consideramos irresponsável a tentativa de convencer a sociedade que a energia gerada por hidrelétricas não é limpa, levando à população brasileira a ilusão de que seria possível gerar energia de outras fontes (como a eólica) a custos semelhantes das hidrelétricas. Os custos para a geração de energia destas fontes apresentadas pelos artistas globais seriam altíssimos, aumentando o valor da tarifa e prejudicando, sobretudo, a população mais pobre. Além disso, a campanha contribui para prejudicar a imagem do Brasil, que possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e vem melhorando isso graças à construção de usinas como a de Belo Monte.

Revista Fort Xingu nº 1
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Quanto a crítica de que Belo Monte é inviável porque a sua geração média estará abaixo da sua capacidade plena, é preciso lembrar que esta redução se deve justamente ao caráter sustentável do projeto, que reduziu drasticamente a área alagada. Com isso, a usina praticamente não terá reservatório. Mesmo assim, a geração média de Belo Monte tem condições de suprir 40% dos domicílios do Brasil, demonstrando a importância vital da construção da usina. Também é preciso destacar que, mesmo com a redução da geração, motivada por cuidados com o meio ambiente, o projeto é viável do ponto de vista financeiro para os empreendedores.

Outra inverdade alardeada contra o projeto e repetida pelos artistas globais é de que o projeto será construído com dinheiro público. O governo federal fez uma concessão da usina de Belo Monte à iniciativa privada. O consórcio de empresas que venceu a licitação pública terá a obrigação de construir a usina e, depois, vai vender a energia gerada para as distribuidoras, cobrindo os custos com o empreendimento e obtendo lucro com a operação. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é público, irá apenas emprestar recursos para as empresas envolvidas, recebendo por isso juros e correções. Além disso, mesmo que o projeto fosse construído com dinheiro público – e não é - seria plenamente justificável o uso dos impostos dos brasileiros para construir uma usina que vai gerar energia para os próprios brasileiros.

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