Frei Betto: 171 intelectual |
Então é isso. A Bíblia foi escrita "num contexto patriarcal". Portanto, barbaridades tais como mandar matar crianças que desobedeçam seus pais, excomungar homossexuais e outras tantas excrescências ficam por conta do "contesto patriarcal em que foi (a Bíblia) escrita".
Agora, eu, um ignorante e imbecil pergunto: a Bíblia não é um livro (o mais correto seria dizer uma coleção de livros) escrito sob inspiração divina? Não é lá que está a palavra do deus judaico-cristão? Então como falar de contexto? Se é assim, por que não jogar no lixo essa droga de livro escrito por um povo que ainda estava na Idade do Bronze? Um dos povos mais ignorantes da época, que vivia num lugar até hoje horroroso, sem recursos e imundo, a Palestina.
Tudo bem. Vamos admitir que algumas coisinhas estão ali na Bíblia e parecem desumanas porque foram escritas num "contexto patriarcal". Como saber o que ainda vale para os dias de hoje? Sim, porque os padres e pastores dizem claramente que os cristãos devem pautar sua vida pelo que está escrito na Bíblia. E, que eu saiba, não existem notas de rodapé explicando o que deve ou não deve ser seguido pelos cristãos que não têm a inteligência privilegiada de Carlos Alberto Libânio.
E se um cara tipo Ku Klux Klan lê na sua bíblia que o escravismo é uma coisa natural e que os povos de cor são filhos do demônio? Como fazemos pra dizer pra essa pessoa ingênua, que não sabe distinguir o que foi escrito num "contexto patriarcal" e, portanto, segundo doutas palavras de Libânio de Cristo não devem ser levadas em consideração?
Ora, Sr. Frei Betto, eu sei que tem muita gente que o leva a sério. Mas eu o conheço melhor do que muita gente e sei de quem se trata. Vai tentar vender seu peixe podre lá pras suas socialytes paulistanas que adoram seus livros de culinária.
16 comentários:
Libânio todos conhecemos.
Se apresenta de "mui-digno" paladino do politicamente correto.
Sua saída do governo Lula ainda está fresca em memória: chantageou pelo Fome Zero, Pratos, Pires, Copos e outros academicismos eufemistas.
Deu Patrus e o Bolsa Família sem o burocracismo do Fome Zero.
Mas, hoje é segunda. E o prato (do PIG) está cheio de Paloccismos.
Depois da posição da Executiva Nacional do PT (pela ausência de posicionamento), veio a Força Sindical, o PC do B, e ...
Bom! Se bom menino fosse (e nao é), Palocci está perdendo a chance de pedir pra sair.
Melhor pedir que ser pedido, nesta altura do campeonato (e olha que só estamos na terceira rodada).
O texto do Sérgio em seu Blog do Gico dá uma boa medida das tentativas toscas do Palocci e sua defesa lastimável via televisão do Jardim Botânico e jornal da Alameda Campinas.
Pedi pra sair, Palocci!
Leva junto pra Ribeirão o Libânio.
Até o Pont:
“É muito difícil para a presidente, assim como seria para um governador, um prefeito, demitir um subalterno em cima de uma denúncia. Ele (Palocci) é que deveria ter consciência do prejuízo que está causando ao governo e pedir afastamento”, afirmou Pont.
Raul Pont, deputado estadual e presidente do PT do Rio Grande do Sul.
Marcos Coimbra:
"Palocci pode estar vivendo, de novo, um inferno astral, mas isso não é fundamental".
"Ministros são parecidos a outras pessoas insubstituíveis, das quais, como diz o ditado, os cemitérios estão cheios".
Bresser-Pereira:
"Presidente Dilma, nada é hoje mais importante para os brasileiros do que o bom êxito do seu governo. Como um deles, torço para que a senhora entregue o poder para seu sucessor reconhecida por todos".
"Mas, hoje, Palocci é um político enfraquecido; é um peso, e não um ativo em seu governo".
"Alguns me dizem que, se o chefe da Casa Civil for dispensado, seu governo sairá enfraquecido porque cedeu. Não creio. O malfeito não ocorreu no seu governo".
"Para governar, a senhora precisará fazer concessões, mas só vale a pena fazê-las com quem pode somar".
"Antonio Palocci pode ser amigo de Dilma Rousseff, mas não é amigo da presidente do Brasil".
"Uma presidente não tem amigos".
"Tem apenas um compromisso consigo mesma e com seu país".
"A entrevista esclarecedora de Antonio Palocci esclareceu a razão das suspeitas".
by Jânio de Freitas.
"...as explicações dadas pelo ministro" (Palocci) - em entrevista ao Jornal Nacional - "não foram suficientes para baixar a temperatura" da crise.
"...acredito que seria bom Palocci se afastar do cargo"... a permanência (dele) "não é positiva nesse momento"."
Reginaldo Lopes, deputado federal e presidente do PT de Minas Gerais.
"Não é informação privilegiada, que não a tenho".
"É só sensibilidade, que logo se verá se tenho".
"Mas acho que está por horas o desfecho desta crise política em torno do ministro Palocci".
"...o ministro tornou-se inerme diante da avalanche de ataques".
Brizola Neto, deputado federal pelo Rio de Janeiro.
Palocci realmente é muito mau caráter. Usou o cargo que ocupou pra ganhar dinheiro. Isso é um absurdo. A não ser que o cara seja nosso amigo.
INERME
Segundo o Aulete Digital:
Em botânica e Zoologia, INERME é um vegetal ou animal desprovido de elementos naturais de defesa, como espinhos ou acúleos, ferrão, bico, etc.
Não tem armas, não tem MEIOS de se defender.
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Brizola Neto mostra que política também é cultura!
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Neste caso, Palocci é um ANIMAL POLÍTICO ou um VEGETAL POLÍTICO?
Agora não importa mais. Qualquer que seja, não tem defesa.
FUI...........
Os tucanos querem ver a caveira de Palocci. Eu não simpatizo com o Palocci, mas odeio o tucanato. Palocci foi absolvido e eu fiquei feliz da vida. Quero que se foda se ele roubou ou foi antiético. Não sou da polícia; não sou juiz.
Palocci já foi.
Vem aí a Gleisi Hoffmann, senadora pelo PT do Paraná.
Boa sorte e vida longa pra ela.
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Muito mais importante que isso ocorreu hoje à tarde no plenário da Câmara Federal em Brasília.
Um grande debate sobre a violência no campo.
Vamos tratar disso a partir do próximo comentário.
Com a devida permissão e compreensão do Blogueiro e Amigo Marcio Tavares.
A Câmara Federal realizou nesta terça-feira, sete de junho, uma comissão geral para debater o aumento da violência e da impunidade no campo.
Fruto dos quatro assassinatos em pouco mais de uma semana no Pará e Rondônia, todos de líderes do meio ambiente e de defesa da Amazônia, marcados para a morte que se confirmou, a cerimônia pode ser mais uma daquelas que todos entendem ser de “apaga incêndio”.
Mas talvez seja o início de uma grande mobilização do Governo Federal que compareceu ao evento sob a representação de cinco ministros:
José Eduardo Cardozo (Justiça), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Gilberto Carvalho (Secretário-geral da Presidência da República).
Mais importante que o evento as vozes e os gritos que ecoaram no plenário – as mesmas de algumas décadas – deveriam ser reproduzidos aos quatro cantos do Brasil pela rede de blogs progressistas, haja vista ser um assunto que não motiva o PIG.
Tentando fazer alguma coisa colho algumas que registrei:
“O combate à violência no campo precisa ser seguido de políticas públicas, que passem pelo fortalecimento do INCRA e pelo processo de reforma agrária”.
“Não temos dúvidas de que o governo federal precisa fazer uma ação ostensiva para garantir a segurança dos defensores dos direitos humanos”.
“Para nós, é fundamental garantir a investigação e a punição dos pistoleiros e mandantes dos assassinatos dos nossos líderes”.
Carlos Augusto Santos Silva - presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Pará (Fetrag-PA)
“O modelo de desenvolvimento adotado para a região amazônica é a raiz dos conjuntos de injustiças sociais e de violência na região, pois onde há conflito é exatamente onde não há a presença do Estado brasileiro”.
“É a impunidade... Nos últimos 20 anos, 70% dos crimes no campo, no Pará, não tiverem sequer inquérito policial instaurado”.
“Entretanto, em marcha acelerada caminha a criminalização dos movimentos sociais que atuam no campo”.
José Ulisses Manasses – membro da coordenação estadual dos Trabalhadores Sem Terra (MST)
“Nos últimos 20 anos, só no Pará, 700 trabalhadores, religiosos, advogados e ativistas políticos foram assassinados, mas menos de 3% dos mandantes desses crimes foram levados a julgamento”.
“O aparato estatal do Pará está ligado ao latifúndio e procura criminalizar os que lutam pela paz no campo”.
“Um estudo da OEA sobre impunidade no Brasil, divulgado no início do ano 2000, revelou que, via de regra, os judiciários estaduais advogam para os interesses dos grandes proprietários de terra”.
“Discutir o aumento da violência e da impunidade passa pelo fim do latifúndio, para promover a paz no campo”.
Paulo Fonteles Filho – pesquisador e representante do Instituto Paulo Fonteles e integrante do Grupo de Trabalho Araguaia
“O período de maior aumento dos conflitos no campo é o que vai de 2003 a 2009, porque também passaram a ser assassinados ocupantes tradicionais de terra, ou seja, não só assentados e sem-terra”.
“Decretar o uso de índices de produtividade rural para desapropriação seria- isso sim - demonstrar vontade política de resolver o problema social, que não pode ser tratado como caso de polícia ou de policiamento”.
Carlos Walter Porto Gonçalves – professor da Universidade Federal Fluminense
“A impunidade se dá pela falta da presença do Estado no local, pois os órgãos do governo já sabiam da possibilidade de assassinato de trabalhadores do campo no estado, mas não atuaram para coibir as mortes anunciadas”.
“Polícia Federal, INCRA e IBAMA não atuaram diante das denúncias alegando que não havia recursos para isso”.
Rafael Oliveira Claros – advogado da Associação dos Camponeses do Estado do Amazonas
“O governo deve promover ações de desenvolvimento nos estados para conter a violência no campo pela falta de estrutura dos Estados que estimula os crimes”.
“Espero que as ações anunciadas pelos ministérios tenham continuidade. Eu acredito, mas desconfio. Tenho o pé atrás, porque já vi muitos companheiros assassinados”.
Atanagildo de Deus Matos – diretor estadual do Conselho Nacional de Populações Extrativistas (CNS/PA)
“Peço agilidade. A gente sabe quem são os assassinos. Queremos olhar para a cara deles e saber que serão punidos”.
Claudelice Silva dos Santos – representante do Conselho Nacional Populações Extrativistas (CNS)
“O programa de proteção às pessoas ameaçadas de morte da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (Pró-Vida) não quis ouvir o nosso caso”.
“Nós, no Pará, temos certeza de que todo mundo que está nessa lista morre”.
Laísa Santos Sampaio – irmã de outra trabalhadora do campo assassinada
“Esses homens e mulheres assassinados são ativistas e soldados da natureza, e abandonados pelo Governo”.
“Já o novo Código Florestal levou os fazendeiros da Região Norte que desmatam a floresta se sentirem vitoriosos com a aprovação pela Câmara”.
Padre José Amaro Lopes – integrante da Comissão Pastoral da Terra
“Muitas vezes os governadores são cúmplices dos crimes, e se depender da Justiça do Pará, os mandantes vão continuar impunes. Por isso, é preciso uma ação mais enérgica do Conselho Nacional de Justiça e do Ministério Público, além da federalização da investigação de assassinatos relacionados à terra”.
“Para solucionar o problema, o governo federal tem de promover a ocupação do campo da mesma maneira que fez nas áreas violentas do Rio de Janeiro, com as UPP’s”.
Amauri Teixeira – deputado federal (PT-BA)
“A única forma de conseguir justiça no campo é por meio da reforma agrária e assim combater o aumento da violência e da impunidade no campo”.
João Ananias – deputado federal (PCdoB-CE)
“O índice de resolução de homicídios no campo na Região Norte não ultrapassa 3%. É a impunidade que estimula a continuidade desses delitos, os mandantes sabem que nunca são presos”.
“Respeito o plano anunciado pelo governo para combater a violência na região, mas critico o fato de se tratar de ações imediatas. É necessário, por exemplo, estruturar contingentes policiais permanentes e nomear diretores do INCRA para a Amazônia e tratar legal e politicamente da federalização desses assassinatos cruéis, porque há flagrante omissão do Judiciário estadual para esse tipo de crime”.
Manuela D’Ávila – deputada federal e presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal (PCdoB-RS)
“Não há continuidade das investigações, no caso de denúncias levadas ao conhecimento dos governos estaduais”.
“A maioria dos casos tem andamento tão longo que não chegam a uma análise final”.
“A maior parte das denúncias de crimes no campo na Região Norte não é formalizada ou não gera processos judiciais”.
Maria do Rosário – deputada federal (PT-RS) e ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
E pra minha total surpresa, até me belisquei pra ver se estava mesmo acordado, a REDE GLOBO, em seu JORNAL NACIONAL, edição desta mesma terça-feira, dia 7 de junho, faz uma reportagem sobre o tema e reproduz as declarações colhidas na Comissão Geral realizada na Câmara Federal.
Trouxe a público uma boa parte dos conflitos verificados no Pará, que de resto se alastram para outros Estados, pricipalmente os do norte do país, em toda a região amazônica.
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