terça-feira, 9 de novembro de 2010

Aprendendo com a Bíblia IX - Escravidão

 Doutores da Igreja Católica justificam a escravidão

São Tomás Aquino Rego



"Escravidão entre os homens é natural, porque alguns são escravos naturalmente, de acordo com o Filósofo (Polit. i, 2). Agora, a escravidão pertence ao direito das nações, como diz Isidoro (Etym, v.4). Portanto os direitos das nações é um direito natural." - Sto. Tomás Aquino, Summa Theologica, "On justice".

Sto Agostinho: "A escravidão é natural"


"A causa primeira... da escravidão é o pecado, que leva o homem ao domínio do seu semelhante - o que não acontece salvo pela vontade de Deus, no qual não há injustiça, e o qual sabe aplicar punições para todo tipo de ofensas." - Sto. Agostinho, City of God, Book XIX, Chapter. 15.

Jesus e a escravidão:

Jesus, em uma de suas 'belas' parábolas, usa especificamente a tortura de escravos para exemplificar como será (seria?) o castigo para as pessoas na sua volta: aquele escravo que não sabia o que devia fazer e fez errado, receberá menos açoites, já aquele que sabia o que fazer e mesmo assim fez errado, receberá mais açoites. Vejam a tranquilidade com que Jesus fala de bater em escravos. Ele estava plenamente confortável com a idéia de que um escravo podia ser surrado, mesmo que ele não soubesse o que era para fazer!

Lucas 12:47 Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites

Lucas 12:48 Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão. 

Em mais uma 'bela' parábola, Jesus compara o reino dos céus a um rei que vai cobrar os seus escravos, e quando eles não tem dinheiro, com a maior naturalidade do mundo, manda vender a ele, sua mulher e seus filhos!

Mateus 18:23 Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos

Mateus 18:24 E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos

Mateus 18:25 Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga.

Ou seja, Jesus não via nenhum problema em vender os filhos como escravos. Afinal de contas ele era judeu, e já vimos anteriormente que a lei mosaica permitia vender a família para pagar dívidas. Legal né?


Vai daí que:


Todas aquelas pessoas que viveram nos séculos passados, e que se embasaram na bíblia para apoiar a escravidão, estavam interpretando a bíblia corretamente. Apenas colocavam em prática aquilo que o deus deles tinha autorizado a fazer. A lei mosaica dada por deus apoiava a escravidão; Jesus apoiava a escravidão; e os apóstolos apoiavam a escravidão.

É difícil para os cristãos de hoje entenderem isso porque eles não estão acostumados a ver a bíblia pelo que ela é, mas sim por aquilo que eles querem que ela seja. Isso é o resultado da verdadeira lavagem cerebral que começa na mais tenra idade

A moralidade que a bíblia prega não vale mais para os dias de hoje.  Nós já superamos essa moralidade, melhoramos, evoluímos, aprendemos, e apesar de tudo ainda temos que amadurecer mais, para deixar crenças imbecis onde elas devem ficar: no passado. Não precisamos mais delas. 

Não deixem suas crianças chegarem
perto desse livro!



4 comentários:

Anônimo disse...

Agostinho: "alguns são escravos naturalmente, segundo o filósofo." O filósofo era Aristóteles.

José Marcio disse...

Bem, mas Aristóteles, apesar de ter influenciado muito a Igreja Católica, não é santo. Pelo menos até hoje. O futuro a Joseph Ratzinger pertence. Ou melhor, ele só gerencia. Pertence ao seu patrão. Um tal de Deus.

Julio Cesar Carneiro disse...

proponho que vc leia essa materia:
A Igreja já foi a favor da escravidão humana? Que nos diz a História?
http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/

José Marcio disse...

Caro Julio, li e achei o autor do texto um cretino. A escravidão é uma instituição tão asquerosa que mesmo que a participação da Igreja Católica fosse só no sentido de minimizar seus efeitos, já seria pouco. Além disso, vários bispos e padres eram proprietários de escravos. Alegar que "na época era assim e assado" não cola, pois uma instituição que se diz representante de um deus bom e caridoso não pode aceitar de forma tão débil a escravidão.
Se a escravidão realmente incomodasse a Igreja Católica, ela teria feito como na eleição de 2010, quando seu mandatário mor se colocou claramente contra uma determinada candidata sob o pretexto de ela ser "a favor do aborto".
Se você optou por se enganar, Julio, o problema é seu; mas querer com um texto ridículo desses tentar influir na minha opinião, aí já seria ousar os limites do razoável.