Mostrando postagens com marcador Olimpíadas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Olimpíadas. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Seleção feminina de vôlei fez proselitismo religioso com dinheiro público


Seleção feminina de vôlei sequestrou palco olímpico para expor crença cristã

Daniel Sottomaior(*)

Um hipotético sujeito poderoso o suficiente para fraudar uma competição olímpica merece ser enaltecido publicamente? A se julgar pela ostensiva prece de agradecimento da seleção brasileira de vôlei pela medalha de ouro nas Olimpíadas, a resposta é um entusiástico sim!

Sagrado é o direito de se crer em qualquer mitologia e dá-la como verdadeira. Professar uma religião em público também não é crime nenhum, embora costume ser desagradável para quem está em volta.

Os problemas começam quando a prática religiosa se torna coercitiva, como é a tradição das religiões abraâmicas. Os membros da seleção de vôlei poderiam ter realizado seus rituais em local mais apropriado. É de se imaginar que uma entidade infinita e onibenevolente não se importaria em esperar 15 minutos até que o time saísse da quadra.

Mas uma crescente parcela dos cristãos brasileiros não se contenta com a prática privada: para eles, é importante a ostentação, pois ela demarca o território religioso e, melhor ainda, tem valor de proselitismo. Propaganda é a alma do negócio.

Mas, no caso das olimpíadas, a publicidade é irregular por dois motivos. Primeiro porque, da forma como é feita, deixa em situação constrangedora todos que não partilham da mesma crença. É evidente que a aceitação social está em jogo numa situação dessas. Na prática, a oração se torna uma obrigação que fere a liberdade constitucional de consciência e crença dos jogadores.

(*) Daniel Sottomaior é presidente da ATEA ((Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos).
Leia todo artigo em Paulo Lopes

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Acho que o governo deve abandonar as Olimpíadas

Confesso que quando o Brasil foi escolhido pra sediar as Olimpíadas eu vibrei. Achei legal e tal. Nem sei bem porquê. Mas, agora, com esse lance do ministro Orlando Silva (o ministro das multidões) eu tô começando a achar que esse negócio de Olimpíadas é uma gelada ainda maior do que Copa.

A Copa não dá mais pra abandonar. Muito já se gastou com reformas e construções de estádios (fora o hotel para romeiros subsidiado pelo BNDES, em Aparecida). Mas acho que ainda dá pra desistir das Olimpíadas.

Vejam só, Copa do Mundo envolve um número bem menor de países e é apenas uma modalidade de esporte. Já imaginaram o que pode acontecer aqui no Rio com centenas de países, milhares de etnias e picaretas de todos as raças e credos? E o esforço que se despende (alô, alô Serginho!) com a organização dessa parafernália toda é enorme e o ganho político (não sei sobre as questões econômicas etc) é pequeno. Para não dizer negativo.

O Brasil não tem um mínimo de coesão nacional pra uma empreitada como esta. Não estou me referindo a uma possível incompetência gerencial. Pode ser complexo de vira-latas. Admito. Mas o melhor mesmo seria o governo cuidar do feijão com arroz e deixar olimpíadas para países do tipo China, Cuba ou EUA. Nesses países não tem PIG e praticamente são de partido único.

Eu acho que o Lula arranjou sarna pra Dilma coçar.