Nerval Sétimo |
Os twitteiros de esquerda estavam indignados com a eleição do calunista do Globo para uma cadeira da ABL. Qual o motivo de tanta indignação? Se ele fosse indicado ministro da Dilma, até que eu compreenderia o misto de surpresa com - como diria meu amigo comunista Felipe Oiticica - "decepção". Mas eleição para aquela merda que se transformou há muito tempo a Academia Brasileira de Letras? Faça-me o favor. Isso só dá prestígio ao canalha que acaba de ser eleito.
O reação correta, na minha modesta opinião, seria sacaneá-lo por ter sido eleito para um instituição que não serve pra nada em termos culturais. A não ser que alguém ache que é uma contribuição para a cultura brasileira dar emprego para as amantes. Isso mesmo, o que os acadêmicos fazem com mais habilidade hoje em dia é arrumar uma boquinha para as suas gatinhas de 50, 60 anos que eles mantinham desde priscas eras.
Pode ter credibilidade uma Academia de Letras que tem entre seus imortais um cirurgião plástico do qual não se conhece um único trabalho dito "literário"? Tem ou já teve um general da ditadura que infelizmente se chamava Tavares (não sei se general Lyra Tavares já morreu. Espero que sim). Mesmo entre quem escreve livros, alguém poderia chamar de grande escritora uma estúpida do calibre de Zélia Gattai, que herdou a cadeira do seu finado marido?
É sempre bom lembrar que a Academia foi presidida durante décadas por um maluquete chamado Austregésilo de Ataúde que era médico e que, assim como enterro de anão, nunca alguém sequer viu um livro e sua autoria. Que dirá lê-lo.
Por outro lado, eu acho que os inimigos devem ser mantidos juntos (eu acho que li isso em algum lugar). Quem sabe não temos a oportunidade de madá-los pro inferno? Para isso bastaria invadir aquele prédio no Castelo às 17h de uma quinta-feira e passar fogo neles todos.
Po isso mesmo, se pudesse, faria campanha para as eleições de Ali Kamel, Reinaldo Azevedo, Miriam Leitão, Jabor e Mainardi. Já imaginaram todos juntinhos mais o cafajeste do João Ubaldo e tá tá tá tá tá tá tá? Sonhar não custa nada.
PS: uma grande amiga de São Paulo me tuitou dizendo que a Academia "sempre foi asssim". Disse que só os amigos de Machado de Assis. Eu retruquei "só que os amigos do Bruxo do Cosme velho eram Euclides da Cunha, Bilac, Graça Aranha, Coelho Neto...".
4 comentários:
Sobre demissão do Palocci, conforme Balaio do Kotscho (domingo 10h57):
A postagem coloca o Ricardo sob os holofotes (Fim de Linha para Palocci).
Kotscho arrisca expor que a fonte de tanta confiança só pode ser a Dilma.
Qualquer outra poderá falhar na interpretação do pensamento da presidenta.
Ou então a fonte é realmente muito boa, e será ela que estará sob acompanhamento daqui pra frente.
Conjecturas à parte, embora o Palocci possa até ser um grande fruto da mega política de bastidores, a verdade é que apodreceu ... ainda no galho (em pleno exercício pleno do cargo).
Já dizia meu avô mineiro, velho nessas artimanhas, que a versão é mais importante que o fato, se este é deixado em segundo plano por quem está sendo vigiado.
E Palocci repetiu o episódio Francenildo, achando que estava seguro de qualquer ventania.
E nao percebeu que a ventania virou vendaval e depois um tufão.
Continuou achando que soprava só um ventinho.
Agora não adianta mais. Mesmo sendo dono de um imóvel sólido, ao deixar as janelas abertas permitiu que o vento que virou tufão lhe arrancasse o telhado, de dentro pra fora, e ficou sem cobertura (política).
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Antes que o Márcio pergunte, o que o comentário tem a ver com o post, digo-te, Márcio, e o que eu tenho a ver com Academia Brasileira de Letras?
Por mim, pode METRALHAR todos, inclusive aqueles que você acha que faltam naquele puteiro, digo, com todo respeito, naquele puleiro.
Sérgio eu também não tenho nada a ver com a ABL; só quis dizer do meu espanto com a revolta de certa parte da esquerda tuiteira.
Quanto ao Palocci, bem, sei lá...
Eu sei Márcio.
Entendi.
É que você sempre me pergunta a razão dos meus comentários fora do contexto da postagem.
Aí... pra prevenir, já me defendi.
Sobre o Palocci, foi Ricardo quem disse. Mas que a situação dele ficou azeda, no mínimo desconfortável, acho que ficou.
Mas você está certo, Márcio.
Foi muito grande o manifesto da esquerda tuiteira.
Talvez o pensamento saudosista ainda persiste nas mentes daqueles que se espantaram com o Merdal na ABL.
Saudosismo de uma visão de que lá havia alguma Instituição respeitável.
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