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domingo, 13 de novembro de 2016
quarta-feira, 7 de maio de 2014
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Ethos é financiada pela Siemens e pela Alstom!!!
A ética da jabuticaba: Siemens e Alstom patrocinam o Ethos
A Siemens e a Alstom, duas campeãs mundiais no pagamento de suborno (clique aqui e aqui para ver o currículo global de suborno de cada uma) patrocinam, no Brasil, ninguém menos que o Instituto Ethos, uma organização que tem como objetivo, diz ela, combater “a utilização do tráfico de influência e o oferecimento ou o recebimento de suborno ou propina por parte de qualquer pessoa ou entidade pública ou privada”.
E o Ethos, convidado pelo Governador Geraldo Alckmin, vai integrar a “Comissão Pró-Transparência” do escândalo do metrô e dos trens paulistas superfaturados com a Siemens e a Alstom!
Só a Siemens destinou US$ 3 milhões para um dos projetos do Ethos, os “Jogos Limpos”. Não foi o Banco Mundial que selecionou os projetos aos quais seria destinado dinheiro das sanções sofridas pela empresa por corrupção. O Banco Mundial apenas acompanha, com direito de veto, a escolha dos programas.
A Alstom também não é uma mera sócia contribuinte. Foi, ao lado da Siemens e de outras empresas, a patrocinadora, pasmemda edição de uma revista sobre responsabilidade das empresas em relação às eleições
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O lobo vai investigar a raposa sobre o assalto ao galinheiro |
A Siemens e a Alstom, duas campeãs mundiais no pagamento de suborno (clique aqui e aqui para ver o currículo global de suborno de cada uma) patrocinam, no Brasil, ninguém menos que o Instituto Ethos, uma organização que tem como objetivo, diz ela, combater “a utilização do tráfico de influência e o oferecimento ou o recebimento de suborno ou propina por parte de qualquer pessoa ou entidade pública ou privada”.
E o Ethos, convidado pelo Governador Geraldo Alckmin, vai integrar a “Comissão Pró-Transparência” do escândalo do metrô e dos trens paulistas superfaturados com a Siemens e a Alstom!
A Alstom também não é uma mera sócia contribuinte. Foi, ao lado da Siemens e de outras empresas, a patrocinadora, pasmemda edição de uma revista sobre responsabilidade das empresas em relação às eleições
Leia mais em Tijolaço
domingo, 7 de julho de 2013
Record denuncia corrupção da Globo
Com base em informações relatadas pela blogsfera, Rede Record faz matéria mostrando os milhões de Reais roubados pela Globo ao povo brasileiro.
O blog Cafezinho de Miguel do Rosário.teve acesso a documentos de uma investigação da Receita Federal em que a Globo é acusada de sonegar R$ 183 milhões.
É isto. Corrupção não é só uma exclusividade do setor estatal. O setor privado deixa de recolher aos cofres públicos valores que poderiam ser utilizados na construção e melhoria de hospitais e escolas, por exemplo.
O que não consigo entender é como o governo federal, com Dilma, voltou a abarrotar os cofres da Globo de dinheiro via verbas de publicidade.
Vamos ao vídeo.
O blog Cafezinho de Miguel do Rosário.teve acesso a documentos de uma investigação da Receita Federal em que a Globo é acusada de sonegar R$ 183 milhões.
É isto. Corrupção não é só uma exclusividade do setor estatal. O setor privado deixa de recolher aos cofres públicos valores que poderiam ser utilizados na construção e melhoria de hospitais e escolas, por exemplo.
O que não consigo entender é como o governo federal, com Dilma, voltou a abarrotar os cofres da Globo de dinheiro via verbas de publicidade.
Vamos ao vídeo.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Filho de Lula compra a maior sorveteria do planeta
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Essa é quente |
Depois de adquirir uma das principais empresas de alimentos dos Estados Unidos, a Heinz, o empresário Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev e do Burger King, decidiu realizar um novo investimento também no Brasil. Por meio do fundo Innova, que tem como sócia Verônica Serra, filha de José Serra, ele decidiu investir R$ 100 milhões na compra de 20% da sorveteria Diletto, uma empresa que faturou R$ 30 milhões no ano passado e que foi avaliada, portanto, em R$ 500 milhões.
Fundada pelo empreendedor Leandro Scabin, a Diletto é uma sorveteria premium, que tem planos de se transformar numa espécie de Haagen-Dazs. Hoje, a empresa conta com 3 mil pontos de venda e, em 2011, investiu numa marca própria.
Um dos aspectos curiosos da operação é a associação com Verônica Serra, protagonista do livro "Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Júnior. Em meados da década de 90, ela era funcionária da Editora Abril, mas ganhou uma bolsa da Fundação Educar, de Lemann, para estudar em Harvard, nos Estados Unidos. Naquele momento, Serra era o mais provável candidato à sucessão de Fernando Henrique Cardoso, em cujo governo se deu a aprovação, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, da compra da Antarctica pela Brahma, que garantiu à Ambev praticamente um monopólio no Brasil. E foi justamente esse quase monopólio que deu ao grupo de Lemann poder de fogo para sufocar concorrentes no Brasil e se expandir internacionalmente.
Depois da polêmica aprovação pelo Cade da fusão, Gesner Oliveira, que era o braço direito de José Serra e havia sido presidente do "xerife antitruste", se tornou presidente da estatal paulista Sabesp. Verônica Serra, por sua vez, passou a atuar no mercado financeiro e em fundos como o Innova. Milton Seligman, que era também um dos mais próximos colaboradores do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se tornou diretor de relações institucionais da Ambev, posição que ocupa até hoje.
Na era Lula, as ligações de Lemann com o círculo serrista permaneceram discretas até a operação anunciada ontem, na compra de 20% de uma sorveteria por R$ 100 milhões.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
quarta-feira, 2 de maio de 2012
sábado, 21 de abril de 2012
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
TCU dá uma vassourada em ONG marchadeira
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Vassouras cheirosas |
Acontece... Mas em setembro, a entidade fincou, no gramado em frente ao Congresso Nacional, 594 vassouras nas cores verde e amarelo (foto), uma para cada deputado federal e senador. Segundo Antônio Carlos Costa, presidente da organização, explicou à época, que o protesto foi simbólico por uma limpeza no Parlamento brasileiro e pela instalação do voto aberto em processos de cassação. “A vassoura simboliza a exigência da sociedade de que o Congresso esteja ao lado do povo no combate à corrupção no Brasil”, disse o presidente da ONG, Antônio Carlos Costa.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Marchadeiros omitem essa corrupção dos tucanos
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Excelente cartaz do @jeanfabio |
Copicolado do Blog do Saraiva; que copicolou do Viomundo.
Copicola tu
Copicole você
Comicolemos nós
Copicolai vós
Copicolem vocês
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Nota política do PCB sobre "a verdadeira corrupção e suas causas"

Contra a verdadeira corrupção e suas causas
(Nota Política do PCB)
As recentes manifestações de rua “contra a corrupção”, que vêm ocorrendo, principalmente, nas grandes cidades, têm recebido ampla divulgação da grande mídia e apoios de personalidades diversas. Os atos públicos, muito bem estruturados, com palanques e equipamento de som, vassouras (colocadas como símbolo da campanha, como fazia o ex-presidente e prefeito de São Paulo, Jânio Quadros) distribuídas generosamente não deixam dúvida quanto ao caráter não-espontâneo da movimentação.
Os “líderes” se mostram bem afinados em suas intervenções, fazendo, sem exceção, o discurso anti-corrupção com viés claramente moralista, fazendo lembrar o perfil da antiga UDN. Para eles, as causas da corrupção que assola o país são as pessoas sem “moral” ou princípios éticos, e os alvos são claros: os “políticos” em geral e alguns membros do governo. Nas manifestações não é permitida a presença de partidos – principalmente, é claro, das agremiações de esquerda.
Em nenhum momento, nos atos do movimento e nas declarações de suas lideranças, se fala nos grandes empresários, os corruptores beneficiados por licitações e favorecimentos fraudulentos – e agora, por conta da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016, por obras contratadas sem licitação. São estes que, através do financiamento privado das campanhas, compram os mandatos de políticos, alguns até de origem popular, para os exercerem a serviço dos interesses dos capitalistas.
Se uma ação de um dirigente público ou parlamentar desperta suspeitas, o Ministério Público é imediatamente acionado (o que é correto) e o fato ganha, imediatamente, grande destaque na imprensa. Se um deputado “comprado” para votar pela aprovação de um projeto de lei que beneficia privilegiadamente uma empresa privada é denunciado, passa-se, nos meios de comunicação, a visão de que apenas ele é corrupto, como se a empresa que o “comprou” não existisse - o crime do corruptor é ignóbil tanto quanto o do corrompido.
Não se fala das ligações perenes entre o Estado e os interesses das empresas privadas, existentes nesse governo e nos anteriores, pois o Estado, no sistema capitalista, tem como função básica atender as necessidades dos empresários e patrões, lesando diretamente a grande maioria da população, as classes trabalhadoras. Mesmo na hipótese de eliminação de todas as formas de corrupção formal, portanto, o Estado seguiria privilegiando os interesses da burguesia. Mas esta hipótese não existe, porque o capitalismo é intrinsecamente corrupto.
O “combate à corrupção”, na forma manipulada com que é alardeado e conduzido por este movimento, atende claramente a demandas da direita, dos setores mais retrógrados da sociedade brasileira, que, nos idos de 1964, marcharam em favor do golpe empresarial-militar e que, hoje, se articulam para restringir, o mais que puderem, o pouco espaço democrático de que dispomos, no Brasil, conquistado à custa de muita luta nas décadas passadas. O objetivo principal é afastar os trabalhadores e os setores populares dos partidos políticos e da própria política, para que o exercício desta seja privativo dos homens e mulheres de “bens”. A mídia burguesa buscará sempre a defesa da suposta “neutralidade” do Estado, ao mesmo tempo em que justifica, muitas vezes de forma descarada, a opção preferencial dos governos pela defesa dos interesses dos empresários e atribui a corrupção a “desvios de conduta” de indivíduos ou de grupos “incrustados” no aparelho estatal.
É claro que a corrupção tem que ser combatida: O PCB condena qualquer tipo de corrupção no executivo, legislativo, judiciário e no setor privado. Se não temos ilusão de que seja possível eliminar a corrupção sob o sistema capitalista, entendemos que, para mitigá-la, devemos lutar para que haja pressão organizada dos trabalhadores sobre o Estado, visando conquistar a mais ampla liberdade de organização partidária, de informação e expressão, o fim da impunidade para os crimes cometidos pelos donos do capital e do poder, a democratização do acesso à Justiça e o controle social sobre a mídia.
Partido Comunista Brasileiro
Comissão Política Nacional
outubro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Ranking dos políticos cassados desde 2000
Adivinha quem lidera o ranking?
Muito bem, acertaram! O DEM, eterno aliado dos tucanos.
O segundo lugar vai para o PMDB, encostadinho nele quem? quem? quem? Raimundo Nonato, não. PSDB.
O PT vem em penúltimo: vaia nele!!! (todos cassados pelo suposto "mensalão"; ou seja, sem provas) UUUUUUUUUUUUUU!!!
Agora me digam, com quem vocês marchariam?
Incrível! Eu li isso no Globo Online!!!
Só pra constar: eu sou absolutamente contra a cassação de parlamentares, sob qualquer pretexto, pelos seus colegas.
Muito bem, acertaram! O DEM, eterno aliado dos tucanos.
O segundo lugar vai para o PMDB, encostadinho nele quem? quem? quem? Raimundo Nonato, não. PSDB.
O PT vem em penúltimo: vaia nele!!! (todos cassados pelo suposto "mensalão"; ou seja, sem provas) UUUUUUUUUUUUUU!!!
Agora me digam, com quem vocês marchariam?
Incrível! Eu li isso no Globo Online!!!
Só pra constar: eu sou absolutamente contra a cassação de parlamentares, sob qualquer pretexto, pelos seus colegas.
sábado, 6 de agosto de 2011
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Acabou pro Serra: Folha de São Paulo denuncia safadeza na licitação do Metrô de São Paulo
26/10/2010 - 03h00
O resultado só foi divulgado na última quinta-feira, mas o jornal já havia registrado o nome dos ganhadores em vídeo e em cartório nos dias 20 e 23 de abril deste ano, respectivamente.
A licitação foi aberta em outubro de 2008, quando o governador de São Paulo era José Serra (PSDB) --ele deixou o cargo no início de abril deste ano para disputar a Presidência da República. Em seu lugar ficou seu vice, o tucano Alberto Goldman.
O resultado da licitação foi conhecido previamente pela Folha apesar de o Metrô ter suspendido o processo em abril e mandado todas as empresas refazerem suas propostas. A suspensão do processo licitatório ocorreu três dias depois do registro dos vencedores em cartório.
O Metrô, estatal do governo paulista, afirma que vai investigar o caso. Os consórcios também negam irregularidades ou "acertos".
O valor dos lotes de 2 a 8 passa de R$ 4 bilhões. A linha 5 do metrô irá do Largo 13 à Chácara Klabin, num total de 20 km de trilhos, e será conectada com as linhas 1 (Azul) e 2 (Verde), além do corredor São Paulo-Diadema da EMTU.
VÍDEO E CARTÓRIO
A Folha obteve os resultados da licitação no dia 20 de abril, quando gravou um vídeo anunciando o nome dos vencedores.
Três dias depois, em 23 de abril, a reportagem também registrou no 2º Cartório de Notas, em SP, o nome dos consórcios que venceriam o restante da licitação e com qual lote cada um ficaria.
O documento em cartório informa o nome das vencedoras dos lotes 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Também acabou por acertar o nome do vencedor do lote 2, o consórcio Galvão/ Serveng, cuja proposta acabaria sendo rejeitada em 26 abril. A seguir, o Metrô decidiu que não só a Galvão/Serveng, mas todas as empresas (17 consórcios) que estavam na concorrência deveriam refazer suas propostas.
A justificativa do Metrô para a medida, publicada em seu site oficial, informava que a rejeição se devia à necessidade de "reformulação dos preços dentro das condições originais de licitação".
Em maio e junho as empreiteiras prepararam novas propostas para a licitação. Elas foram novamente entregues em julho.
No dia 24 de agosto, a direção do Metrô publicou no "Diário Oficial" um novo edital anunciando o nome das empreiteiras qualificadas a concorrer às obras, tendo discriminado quais poderiam concorrer a quais lotes.
Na quarta-feira passada, dia 20, Goldman assinou, em cerimônia oficial, a continuidade das obras da linha 5. O nome das vencedoras foi divulgado pelo Metrô na última quinta-feira. Eram exatamente os mesmos antecipados pela reportagem.
OBRA DE R$ 4 BI
Os sete lotes da linha 5-Lilás custarão ao Estado, no total, R$ 4,04 bilhões. As linhas 3 e 7 consumirão a maior parte desse valor.
Pelo edital, apenas as chamadas "quatro grandes" Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez e Metropolitano (Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão) estavam habilitadas a concorrer a esses dois lotes, porque somente elas possuem um equipamento específico e necessário (shield). Esses dois lotes somados consumirão um total de R$ 2,28 bilhões.
OUTRO LADO
Em nota, o Metrô de São Paulo informou que vai investigar as informações publicadas hoje na Folha.
A companhia disse ainda que vai investigar todo o processo de licitação.
"É reconhecida a postura idônea que o Metrô adota em processos licitatórios, além da grande expertise na elaboração e condução desses tipos de processo. A responsabilidade do Metrô, enquanto empresa pública, é garantir o menor preço e a qualidade técnica exigida pela complexidade da obra."
Ainda de acordo com a estatal, para participação de suas licitações, as empresas precisam "atender aos rígidos requisitos técnicos e de qualidade" impostos por ela.
No caso da classificação das empresas nos lotes 3 e 7, era necessário o uso "Shield, recurso e qualificação que poucas empresas no país têm". "Os vencedores dos lotes foram conhecidos somente quando as propostas foram abertas em sessão pública. Licitações desse porte tradicionalmente acirram a competitividade entre as empresas", diz trecho da nota.
O Metrô afirmou ainda que, "coerente com sua postura transparente e com a segurança de ter conduzido um processo licitatório de maneira correta, informou todos os vencedores dos lotes e os respectivos valores".
Disse seguir "fielmente a lei 8.666" e que "os vencedores dos lotes foram anunciados na sessão pública de abertura de propostas". "Esse procedimento dispensa, conforme consta da lei, a publicação no 'Diário Oficial'".
Todos os consórcios foram procurados, mas só dois deles responderam ao jornal.
O Consórcio Andrade Gutierrez/Camargo Corrêa, vencedor da disputa para construção do lote 3, diz que "tomou conhecimento do resultado da licitação em 24 de setembro de 2010, quando os ganhadores foram divulgados em sessão pública".
O consórcio Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão, vencedor do lote 7, disse que, dessa licitação, "só dois trechos poderiam ser executados com a máquina conhecida como 'tatu' e apenas dois consórcios estavam qualificados para usar o equipamento".
"Uma vez que nenhum consórcio poderia conquistar mais que um lote, a probabilidade de cada consórcio ficar responsável por um dos lotes era grande", diz.
O consórcio Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão diz ter concentrado seu foco no lote 7 para aproveitar "o equipamento da Linha 4, reduzindo o investimento inicial".
Colaborou ROGÉRIO PAGNAN, de São Paulo
Resultado de licitação do metrô de São Paulo já era conhecido seis meses antes
Não deixe de assistir ao vídeo que está mais abaixo!
A Folha soube seis meses antes da divulgação do resultado quem seriam os vencedores da licitação para concorrência dos lotes de 3 a 8 da linha 5 (Lilás) do metrô.O resultado só foi divulgado na última quinta-feira, mas o jornal já havia registrado o nome dos ganhadores em vídeo e em cartório nos dias 20 e 23 de abril deste ano, respectivamente.
A licitação foi aberta em outubro de 2008, quando o governador de São Paulo era José Serra (PSDB) --ele deixou o cargo no início de abril deste ano para disputar a Presidência da República. Em seu lugar ficou seu vice, o tucano Alberto Goldman.
O resultado da licitação foi conhecido previamente pela Folha apesar de o Metrô ter suspendido o processo em abril e mandado todas as empresas refazerem suas propostas. A suspensão do processo licitatório ocorreu três dias depois do registro dos vencedores em cartório.
O Metrô, estatal do governo paulista, afirma que vai investigar o caso. Os consórcios também negam irregularidades ou "acertos".
O valor dos lotes de 2 a 8 passa de R$ 4 bilhões. A linha 5 do metrô irá do Largo 13 à Chácara Klabin, num total de 20 km de trilhos, e será conectada com as linhas 1 (Azul) e 2 (Verde), além do corredor São Paulo-Diadema da EMTU.
VÍDEO E CARTÓRIO
A Folha obteve os resultados da licitação no dia 20 de abril, quando gravou um vídeo anunciando o nome dos vencedores.
Três dias depois, em 23 de abril, a reportagem também registrou no 2º Cartório de Notas, em SP, o nome dos consórcios que venceriam o restante da licitação e com qual lote cada um ficaria.
O documento em cartório informa o nome das vencedoras dos lotes 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Também acabou por acertar o nome do vencedor do lote 2, o consórcio Galvão/ Serveng, cuja proposta acabaria sendo rejeitada em 26 abril. A seguir, o Metrô decidiu que não só a Galvão/Serveng, mas todas as empresas (17 consórcios) que estavam na concorrência deveriam refazer suas propostas.
A justificativa do Metrô para a medida, publicada em seu site oficial, informava que a rejeição se devia à necessidade de "reformulação dos preços dentro das condições originais de licitação".
Em maio e junho as empreiteiras prepararam novas propostas para a licitação. Elas foram novamente entregues em julho.
No dia 24 de agosto, a direção do Metrô publicou no "Diário Oficial" um novo edital anunciando o nome das empreiteiras qualificadas a concorrer às obras, tendo discriminado quais poderiam concorrer a quais lotes.
Na quarta-feira passada, dia 20, Goldman assinou, em cerimônia oficial, a continuidade das obras da linha 5. O nome das vencedoras foi divulgado pelo Metrô na última quinta-feira. Eram exatamente os mesmos antecipados pela reportagem.
OBRA DE R$ 4 BI
Os sete lotes da linha 5-Lilás custarão ao Estado, no total, R$ 4,04 bilhões. As linhas 3 e 7 consumirão a maior parte desse valor.
Pelo edital, apenas as chamadas "quatro grandes" Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez e Metropolitano (Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão) estavam habilitadas a concorrer a esses dois lotes, porque somente elas possuem um equipamento específico e necessário (shield). Esses dois lotes somados consumirão um total de R$ 2,28 bilhões.
OUTRO LADO
Em nota, o Metrô de São Paulo informou que vai investigar as informações publicadas hoje na Folha.
A companhia disse ainda que vai investigar todo o processo de licitação.
"É reconhecida a postura idônea que o Metrô adota em processos licitatórios, além da grande expertise na elaboração e condução desses tipos de processo. A responsabilidade do Metrô, enquanto empresa pública, é garantir o menor preço e a qualidade técnica exigida pela complexidade da obra."
Ainda de acordo com a estatal, para participação de suas licitações, as empresas precisam "atender aos rígidos requisitos técnicos e de qualidade" impostos por ela.
No caso da classificação das empresas nos lotes 3 e 7, era necessário o uso "Shield, recurso e qualificação que poucas empresas no país têm". "Os vencedores dos lotes foram conhecidos somente quando as propostas foram abertas em sessão pública. Licitações desse porte tradicionalmente acirram a competitividade entre as empresas", diz trecho da nota.
O Metrô afirmou ainda que, "coerente com sua postura transparente e com a segurança de ter conduzido um processo licitatório de maneira correta, informou todos os vencedores dos lotes e os respectivos valores".
Disse seguir "fielmente a lei 8.666" e que "os vencedores dos lotes foram anunciados na sessão pública de abertura de propostas". "Esse procedimento dispensa, conforme consta da lei, a publicação no 'Diário Oficial'".
Todos os consórcios foram procurados, mas só dois deles responderam ao jornal.
O Consórcio Andrade Gutierrez/Camargo Corrêa, vencedor da disputa para construção do lote 3, diz que "tomou conhecimento do resultado da licitação em 24 de setembro de 2010, quando os ganhadores foram divulgados em sessão pública".
O consórcio Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão, vencedor do lote 7, disse que, dessa licitação, "só dois trechos poderiam ser executados com a máquina conhecida como 'tatu' e apenas dois consórcios estavam qualificados para usar o equipamento".
"Uma vez que nenhum consórcio poderia conquistar mais que um lote, a probabilidade de cada consórcio ficar responsável por um dos lotes era grande", diz.
O consórcio Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão diz ter concentrado seu foco no lote 7 para aproveitar "o equipamento da Linha 4, reduzindo o investimento inicial".
Colaborou ROGÉRIO PAGNAN, de São Paulo
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