quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Água: qual é o plano de contingência do Alckmin?

Clique AQUI para ler o artigo de José Augusto Valente (*) para Carta Maior.


Ele bebe água mineral




(*) José Augusto Valente é especialista em infraestrutura.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Ódio ao PT está matando a candidatura de Aécio Neves

Laura Capriglione (*)


Imerso em uma piscina de bílis e ódio, o candidato tucano Aécio Neves chamou a sua adversária Dilma Rousseff, no debate do SBT, de “mentirosa” e “leviana”. Foi agressivo e desrespeitoso como não se tinha visto até ali.

Ele não precisava disso. O ex-governador de Minas já fora repreendido abertamente por Luciana Genro (PSOL) quando lhe levantou o dedo, durante um debate.

"Por que Aécio nunca fez isso contra adversários homens?", perguntou o PT.

Aécio tem contra si uma denúncia séria de agressão contra mulher, reportada pelo jornalista Juca Kfouri em 2009. Ele “deu um empurrão e um tapa em sua acompanhante no domingo passado, numa festa da Calvin Klein, no Hotel Fasano, no Rio”, escreveu Kfouri na época.

O candidato até ameaçou processar por injúria, calúnia e difamação. Mas o jornalista sustentou a informação e Aécio deixou por isso mesmo.

Por que será?



Este espaço seria ocupado pela foto de um marginal chamado Dado Dolabella. 




Logo, um notório espancador de mulheres, o ator Dado Dolabella, animou-se a externar seu apoio a Aécio. Chato! Dolabella, de parcos dotes artísticos, é mais famoso por ter distribuído bofetadas públicas em Luana Piovani e em uma camareira, agressões pelas quais foi condenado, enquadrado na Lei Maria da Penha.

Os marqueteiros de Aécio já deviam saber que o ódio é um aliado mortal em eleições democráticas. Assusta. É sórdido. Na história, só ganhou eleições em países à beira do precipício da ruptura institucional.

Todos se lembram da abertura da Copa do Mundo, estádio novinho em folha, quando o Brasil deu ao planeta a prova cabal da qualidade da elite que tem. Do setor ultra-vip do estádio, especificamente do camarote do Itaú (e eu nem insinuo que seja mais do que uma infeliz coincidência que se tenha tratado do mesmo banco da dona Neca Setúbal, a coordenadora do programa de governo de Marina Silva), elevou-se o grito “Ei, Dilma! Vai tomar no cu!”

Leia toda a matéria em Yahho! Notícias

(*) Laura Capriglione, 54, é jornalista. Nasceu em São Paulo e cursou Física e Ciências Sociais na USP. Trabalhou como repórter especial do jornal “Folha de S.Paulo” entre 2004 e 2013. Dirigiu o Notícias Populares (SP), foi diretora de novos projetos na Editora Abril e trabalhou na revista “Veja”. Conquistou o Prêmio Esso de Reportagem 1994, com a matéria “Mulher, a grande mudança no Brasil”, em parceria com Dorrit Harazim e Laura Greenhalgh. Foi editora-executiva da revista até 2000.

Fidel oferece ajuda aos Estados Unidos para combater ebola


Viva Cuba revolucionária! Salve
 a solidariedade socialista!


O ex-presidente cubano Fidel Castro ofereceu ajuda aos Estados Unidos para combater o ebola e evitar que a doença se propague pela a América Latina.


“Temos prazer em cooperar com os americanos nessa tarefa; e não na busca da paz entre dois Estados que têm sido adversários durante tantos anos, mas pela paz no mundo, um objetivo que podemos e devemos alcançar”, disse Fidel em um artigo publicado neste sábado no jornal oficial Granma.

No texto intitulado "A hora do dever", ele afirma que ao cooperar com o país vizinho, com quem Cuba não tem relações diplomáticas desde 1961, se evita que o ebola se espalhe e protege a população de Cuba e de toda a América Latina.

Leia mais: Os mitos e as verdades sobre o ebola

Os Estados Unidos foram, depois da Espanha, o segundo país não-africano onde se registrou contágio da doença em seu próprio território.

Duas enfermeiras americanas foram contaminadas com o vírus ebola em um hospital do Texas, ao tratarem de um paciente que contraiu a doença na Libéria e acabou morrendo nos EUA.

O ebola já matou mais de 4.500 pessoas, a maioria na Libéria, Guiné e Serra Leoa. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que haja, nesses três países, mais de 9 mil pessoas infectadas pelo vírus, que mata em 70% dos casos.

Em outro desdobramento trágico, a ONU informou que o ebola já deixou ao menos 3,7 mil crianças órfãos nos três países que vem sendo assolados pela doença, sendo que muitas delas perderam tanto o pai como a mãe por causa da epidemia.

Vai vendo...
Leia toda a matéria em BBC Mundo

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Fascismo mostra sua cara perversa no Brasil

Marilena Chauí vê fascismo em ataques a nordestinos: 'Não chega aos pés da ditadura'


Movimento de médicos e estudantes de medicina que pede 'holocausto' aos nordestinos que votaram em Dilma demonstra incapacidade em lidar com ideias diferentes. 'Fere a Constituição, é crime', diz a filósofa

FHC estimula o sentimento fascista do Sudeste

A filósofa Marilena Chauí, professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, considera abominável o que o grupo de médicos e estudantes de medicina anti-PT pregam na internet. De castração química a holocausto aos nordestinos que votaram na candidata Dilma Rousseff no primeiro turno das eleições presidenciais. Uma violência fascista, segundo a filósofa.

“O que caracteriza a violência fascista é não suportar a diferença, a alteridade, e partir para a eliminação. Você elimina o diferente, você elimina o outro. O primeiro aspecto abominável disso é o fato de que o que se propõe é, pura e simplesmente, genocídio dos nordestinos. O que é uma coisa inominável, inacreditável, inaceitável", desabafa, acrescentando: "A segunda coisa que é terrível é que isso exprime uma certa direção tomada por uma certa classe média reacionária e conservadora, que vive no sul do país, e que é capaz dessas afirmações e propostas de um grau extremo de violência".

Incapacidade em lidar com ideias, concepções e visões da política diferentes, ao ponto de fazer com que essa diferença seja destruída com a morte do outro é uma coisa que a professora nunca tinha visto no Brasil. É a primeira vez que ela vê um grupo propor o extermínio de uma parte da população brasileira.

“Essa posição – mesmo que não seja a do candidato oposicionista, tenho certeza que ele próprio jamais diria uma coisa dessas – exprime uma parte do eleitorado dele, portanto, a violência social que isso pode acarretar. Estou muito preocupada porque eu nunca tinha visto coisa igual no Brasil. Nem na ditadura, nem em 69, quando foi editado o AI-5, que se proclamou a existência de um inimigo interno que precisaria ser excluído, nem lá houve esse grau de violência, porque a ideia era estar num combate, numa guerra civil, a ideia de que haveria mortes e uma guerra. Agora não, não chega nem aos pés do que a ditadura propunha.”

"É preciso averiguar esse grupo de supostos médicos", diz a filósofa, porque com base na Constituição brasileira, estamos diante de um crime horrendo. Fere a constituição, os direitos humanos, a dignidade humana, portanto, é uma ação criminosa, uma ilegalidade que a justiça brasileira precisa investigar.

Marilena explica que o preconceito dos sulistas contra os nordestinos é histórico, faz parte da violência institucional da sociedade brasileira, que é autoritária, violenta, hierárquica, minada por preconceitos de todo tipo e, para ela, há um agravamento dessa posição pela grande mídia, que reforça esse ódio.

“A Carta Capital (revista) fez um quadro comparando o que acontece de agressão na mídia à Dilma, à Marina e ao Aécio. Para a Marina, quase nada. Para o Aécio, muito pouco. E para Dilma, uma página inteira de agressões cotidianas, que ela recebe pelo rádio, pela televisão, e pelos jornais e pelas redes. Então, há um ódio que foi afinado pela grande mídia. E agora, nós estamos colhendo um dos frutos desse ódio, que é a retomada do preconceito com os nordestinos na forma de violência de tipo fascista.”

Leia todo o artigo em Rede Brasil Atual