Outra: Amorim: “Até construir uma casa gera impacto ambiental”.
Belo Monte: um “debate apaixonado” no último dia da Rio+20
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“É muito bom viver o processo democrático porque podemos discutir em âmbito nacional uma grande e importante obra de infraestrutura como é Belo Monte”, disse, em sua primeira intervenção, Sebastião de Amorim, professor de Estatística da Unicamp. Amorim tornou-se conhecido por estimular um grupo de alunos daquela universidade a realizar o vídeo “Tempestade em Copo D’ Água”, em resposta ao Movimento Gota D’ Água, de alguns atores da Globo.
“Muita coisa completamente descabida tem sido dita sobre a obra”, afirmou. “É preciso parar de demonizar, em pleno século 21, o progresso. Sem desenvolvimento econômico é que não haverá solução para o meio ambiente”, afirmou. “Até construir uma casa gera impacto ambiental”, disse.
Utilizando-se de tabelas e gráficos, Amorim sustentou que um empreendimento como Belo Monte é excepcionalmente mais produtivo do que, por exemplo, a lavoura da soja no Brasil. “A pegada ambiental da soja é do tamanho do Estado de São Paulo e a de Belo Monte será um milésimo disso”, afirmou. Ele destacou ainda que os países com alto Índice de Desenvolvimento (IDH acima de 0,85) são também grandes consumidores de energia, mas o Brasil, que tem um IDH médio (0,71) consome hoje a metade da média dos países desenvolvidos. Segundo ele, o país precisa dobrar o consumo médio per capita para o bem estar das pessoas. “Energia elétrica traz sim felicidade” disse.
Outro palestrante que também falou da importância de Belo Monte para garantir crescimento econômico e social foi o presidente da Petrobras Biocombustíveis , Miguel Rosseto. “Nós temos de reconhecer o direito de todos à energia barata e, ao mesmo tempo, produzir esta energia com baixo impacto ambiental. Este é o desafio e este é o caso de Belo Monte”, afirmou Rosseto. Ele observou também que “passou o tempo em que se construía uma barragem e as pessoas eram expulsas de forma autoritária”. Rosseto destacou que o Brasil tem 85% de sua matriz energética oriunda de fontes renováveis e que não investe apenas em seu potencial hídrico. “Surgem novas tecnologias e crescem a energia eólica, a biomassa, a solar”, enumerou.
Leia toda a matéria no Blog da Usina de Belo Monte.
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