Os principais argumentos para a cassação de Dilma
Da página: https://www.facebook.com/marcelo.biolchini
terça-feira, 19 de abril de 2016
sexta-feira, 15 de abril de 2016
A agenda da esquerda exige mudanças
Por uma nova agenda da esquerda brasileira
A esquerda brasileira acreditou na morte da luta-de-classes. Pior. Acreditou que adulando a direita seria reconhecida como "boa administradora" e ganharia a confiança do "ex"-inimigo de classe. Por isso está pagando caro pelo seu erro fundamental.Segundo Mino Carta, nunca os cofres da Globo foram tão abarrotados de verba publicitária como no governo Dilma (aqui). E este é apenas um exemplo do verdadeiro desastre que foram os governos do PT no tocante à política. Claro que não estou aqui me referindo à gestão do estado e aos vitoriosos programas sociais como Minha Casa Minha Vida, Luz para Todos e Bolsa Família.
Aconteça o que acontecer, a partir de segunda-feira, 18/04/2016, a esquerda no Brasil terá muito o que rever de seus conceitos. Para não ser apagada do mapa político terá que deixar de ser apenas um movimento em defesa das "minorias" e passar a disputar com a direita a defesa da ampla maioria (sem aspas) dos brasileiros.
Em primeiro lugar a esquerda tem que sair do gueto dos bairros de classe-média (*) e passar a conviver mais de perto com os moradores da periferia. Pois é aí que se encontra a imensa maioria do eleitorado. E é esse eleitorado que hoje vota maciçamente nos Eduardos Cunhas e Bolsonaros da vida. Sem uma bancada expressiva no Congresso mesmo que elejam governos "de esquerda" o país viverá em crise permanente e o governo eleito impedido de governar.
Chegava a ser ridículo que durante a campanha eleitora de 2014 a nossa tolinha esquerda estivesse fazendo passeios pela Orla da Zona Sul do Rio enquanto os subúrbios da Zonas Norte e Oeste estavam entregues ao Aezão. Ora, na Zona Sul - principalmente no final da campanha - o voto já estava consolidado. A maioria coxinha já havia optado pelo voto no PSDB e de seu aliado objetivo, o PSOL. Nos bairros da chamada periferia é que se deveria intensificar a campanha. Eu digo "intensificar" quando o certe seria "iniciar", pois na prática aqui não houve campanha em 2014 e o motivo disso seria assunto para outro texto.
Terá que saber escolher seus aliados. Escolhidos, terá que mantê-los como aliados e não fazer como até agora que os ataca virulentamente principalmente através das redes sociais. Caso típico é o do deputado-pastor Marco Feliciano que apoiou Dilma em 2010 e, ao ser nomeado presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, foi atacado de forma brutal e desrespeitosa pela esquerda. Principalmente pelo católico PT.
Também quero lembrar que um dos partidos que contribuiu com mais eficácia para a desmoralização dos governos do PT foi o PSOL. Assisti a um vídeo do deputado Chico Alencar em que ele diz textualmente que não há diferença entre PT e PSDB. Infelizmente o vídeo já foi - por motivos obviamente oportunistas - retirado do ar. As chamadas Jornadas de Junho de 2013, amplamente apoiadas e incentivadas pelo PSOL, foi o começo da destruição do governo Dilma. O PSOL (a bem da verdade, juntamente com boa parte da ainda existente esquerdalha petista) também apoiou e participou ativamente do Não Vai Ter Copa.
A esquerda também não poderá mais acreditar em babaquices do tipo republicanismo que, de fato, nada mais é do que municiar o inimigo. As nomeações para o STF principalmente por Lula e, depois, por Dilma constituem um verdadeiro piliticídio. Tudo bem que não se poderia adivinhar, por exemplo, que Toffoli passaria a chutar contra, tendo inclusive se constituído num dos melhores amigos de Gilmar Dantas. Mas nomear Eros Graus, um tucano confesso e Carlos Alberto Direito, um cidadão que lembra a direita até no nome é de lascar.
Outra bobagem inacreditável é abrir mão de nomear o Procurador Geral da República. Para quem não sabe, a nomeação do PGR é feita, de fato, pela corporação de procuradores de justiça Sim, Lula e Dilma apenas assinaram a posse de todos os PGR a partir de 2003, pois todos eles foram indicados através de eleição feita pelos próprios procuradores.
Seja qual for o resultado de domingo, repito, a esquerda já está em frangalhos. Uma das provas do que estou dizendo é este congresso atual. Talvez o mais reacionário e fascista da história. Este congresso é um tapa na cara da democracia. De qualquer tipo de democracia.
Espero que o PT e a esquerda que não aprendeu através do amor aprenda através da dor.
(*) aqui me refiro ao Rio de Janeiro que é onde moro.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
Carina Vitral (UNE) nocauteia Kim Kataguiri (MBL)
A presidente da UNE em debate na Folha de São Paulo expõe claramente os argumentos que mostram que o processo de impeachment que corre na Câmara dos Deputados é um golpe contra a democracia.
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