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sexta-feira, 15 de abril de 2016

A agenda da esquerda exige mudanças

Por uma nova agenda da esquerda brasileira

A esquerda brasileira acreditou na morte da luta-de-classes. Pior. Acreditou que adulando a direita seria reconhecida como "boa administradora" e ganharia a confiança do "ex"-inimigo de classe. Por isso está pagando caro pelo seu erro fundamental.

Segundo Mino Carta, nunca os cofres da Globo foram tão abarrotados de verba publicitária como no governo Dilma (aqui). E este é apenas um exemplo do verdadeiro desastre que foram os governos do PT no tocante à política. Claro que não estou aqui me referindo à gestão do estado e aos vitoriosos programas sociais como Minha Casa Minha Vida, Luz para Todos e Bolsa Família.

Aconteça o que acontecer, a partir de segunda-feira, 18/04/2016, a esquerda no Brasil terá muito o que rever de seus conceitos. Para não ser apagada do mapa político terá que deixar de ser apenas um movimento em defesa das "minorias" e passar a disputar com a direita a defesa da ampla maioria (sem aspas) dos brasileiros.

Em primeiro lugar a esquerda tem que sair do gueto dos bairros de classe-média (*) e passar a conviver mais de perto com os moradores da periferia. Pois é aí que se encontra a imensa maioria do eleitorado. E é esse eleitorado que hoje vota maciçamente nos Eduardos Cunhas e Bolsonaros da vida. Sem uma bancada expressiva no Congresso mesmo que elejam governos "de esquerda" o país viverá em crise permanente e o governo eleito impedido de governar.

Chegava a ser ridículo que durante a campanha eleitora de 2014 a nossa tolinha esquerda estivesse fazendo passeios pela Orla da Zona Sul do Rio enquanto os subúrbios da Zonas Norte e Oeste estavam entregues ao Aezão. Ora, na Zona Sul - principalmente no final da campanha -  o voto já estava consolidado. A maioria coxinha já havia optado pelo voto no PSDB e de seu aliado objetivo, o PSOL. Nos bairros da chamada periferia é que se deveria intensificar a campanha. Eu digo "intensificar" quando o certe seria "iniciar", pois na prática aqui não houve campanha em 2014 e o motivo disso seria assunto para outro texto.

Terá que saber escolher seus aliados. Escolhidos, terá que mantê-los como aliados e não fazer como até agora que os ataca virulentamente principalmente através das redes sociais. Caso típico é o do deputado-pastor Marco Feliciano que apoiou Dilma em 2010 e, ao ser nomeado presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, foi atacado de forma brutal e desrespeitosa pela esquerda. Principalmente pelo católico PT.

Também quero lembrar que um dos partidos que contribuiu com mais eficácia para a desmoralização dos governos do PT foi o PSOL. Assisti a um vídeo do deputado Chico Alencar em que ele diz textualmente que não há diferença entre PT e PSDB. Infelizmente o vídeo já foi - por motivos obviamente oportunistas - retirado do ar. As chamadas Jornadas de Junho de 2013, amplamente apoiadas e incentivadas pelo PSOL, foi o começo da destruição do governo Dilma. O PSOL (a bem da verdade, juntamente com boa parte da ainda existente esquerdalha petista) também apoiou e participou ativamente do Não Vai Ter Copa.

A esquerda também não poderá mais acreditar em babaquices do tipo republicanismo que, de fato, nada mais é do que municiar o inimigo. As nomeações para o STF principalmente por Lula e, depois, por Dilma constituem um verdadeiro piliticídio. Tudo bem que não se poderia adivinhar, por exemplo, que Toffoli passaria a chutar contra, tendo inclusive se constituído num dos melhores amigos de Gilmar Dantas. Mas nomear Eros Graus, um tucano confesso e Carlos Alberto Direito, um cidadão que lembra a direita até no nome é de lascar.

Outra bobagem inacreditável é abrir mão de nomear o Procurador Geral da República. Para quem não sabe, a nomeação do PGR é feita, de fato, pela corporação de procuradores de justiça Sim, Lula e Dilma apenas assinaram a posse de todos os PGR a partir de 2003, pois todos eles foram indicados através de eleição feita pelos próprios procuradores.

Seja qual for o resultado de domingo, repito, a esquerda já está em frangalhos. Uma das provas do que estou dizendo é este congresso atual. Talvez o mais reacionário e fascista da história. Este congresso é um tapa na cara da democracia. De qualquer tipo de democracia.

Espero que o PT e a esquerda que não aprendeu através do amor aprenda através da dor.

(*) aqui me refiro ao Rio de Janeiro que é onde moro.


domingo, 19 de maio de 2013

O PT é o braço político da Igreja Católica no Brasil

Posto na fogueira por citar a Bíblia
Há meses estamos vendo o linchamento político e pessoal do deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Isso vem acontecendo desde que ele assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Até então, uma comissão sem maior importância e que só entrou na ordem do dia após um deputado que também é pastor evangélico aceitar presidi-la.

Seu erro foi o de ter lido a Bíblia e seguir fielmente o que nela está escrito. Tudo o que ele prega está neste livro ridículo que serve como norma de conduta dos cristãos. E cristãos são os católicos, os evangélicos, os umbandistas e tantos outros ramos do Cristianismo. E os petardos vem principalmente de duas instituições profundamente católicas apostólicas romanas: o PT e a mídia tradicional.

Aparentemente, essa união de forças parece estranha. Afinal, os petistas – com toda razão – passam o dia todo nas redes sociais da internet baixando a lenha do que chamam de PIG, Partido da Imprensa Golpista. Mas surgiu um inimigo comum: o deputado evangélico Marco Feliciano. Cessem todas as discussões sobre mensalão, STF, Joaquim Barbosa e governos do PT desde 2003! Agora, as duas instituições católicas tem uma prioridade: o deputado Marco Feliciano (PSC-SP).

Para o leigo em política essa aliança soa estranha. Principalmente por que o partido do pastor-deputado é da base governista. Mas não importa. O mais importante é destruir a reputação do inimigo da Igreja Católica Romana. Homofóbico e racista são os dois adjetivos preferidos dos petistas e, de forma dissimulada - como é sua característica -, a chamada grande imprensa. Tudo por que, repito, o deputado Marco Feliciano teve a infelicidade de mexer num vespeiro chamado Igreja Católica Apostólica Romana. Daí seus guerreiros e generais, PT e grande imprensa, respectivamente, estarem tão furibundos contra ele.

O PT, fosse mais sincero, deveria acrescentar mais uma letrinha em sua sigla. Seria o PTC, Partido dos Trabalhadores Católicos. Mas isso não seria oportuno para um partido que se diz plural. Onde todos os credos, opções sexuais e até posições ideológicas são aceitos “sem patrulhamento”. Mentira. Se o militante não é católico ou, em não sendo, critica as aberrações desta religião maligna, é fritado em fogo brando. Tal qual se fazia na época da “Santa Inquisição”.

Muito pior do que citar os trechos mais estúpidos da Bíblia é a prática da pedofilia. E quanto a esta questão não se vê indignação equivalente por parte dos militantes católicos do PT. Muito pior do que palavras. A pedofilia é uma prática antiga dentro da Igreja Católica e só nos dias de hoje está sendo denunciada. Os bispos, quando é feita uma denúncia de pedofilia, apenas mudam o padre psicopata de paróquia e vida que segue. Mas, no Partido dos Trabalhadores (Católicos) paira quase silêncio.

Outras práticas criminosas igualmente são serenamente ignoradas pelos petistas. A corrupção institucionalizada no Vaticano, por exemplo. Banco Ambrosiano, mordomo do papa, envolvimento com a Cosa Nostra etc. não tem a mesma relevância que as palavras de um homem tosco e despreparado como o deputado Marco Feliciano.

Não vejo problema algum no fato de um partido ou jornal ser ligado a uma religião. É assim nos países europeus e, até que me provem o contrário, tudo caminha razoavelmente. O problema está em o PT não fazer o que cobra de seus detratores: dizer claramente que é católico.

Mas eu aqui faço um alerta: não pensem que os evangélicos vão ficar quietinhos levando cacetadas o tempo todo da militância católico-petista. Em 2014 poderá vir a resposta. Os evangélicos que, em sua maioria, apoiaram as três eleições ganhas pelo PT podem se irritar e atrapalhar a reeleição de Dilma. É sempre bom lembrar que nas três eleições citadas, os candidatos do PT tiveram que enfrentar um segundo turno. E aí todas esses xingamentos poderão ser cobrados com juros de mora altíssimos