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domingo, 16 de março de 2014

O Rio de Janeiro não precisa de forasteiros

Você gostaria que um vizinho entrasse na sua casa e dissesse o que deve ser o seu jantar? Gostaria que ele disse que flores você deve plantar no seu jardim? Em que escola você deve matricular seus filhos?

Esse tipo de coisa começou a me preocupar quando, ao passar pela sala da minha casa, assisti na TV um rapaz que falava "cómpéténTi" dizendo como o Rio de Janeiro deveria ser governado.

Ora, esse rapaz nasceu na Paraíba e foi criado na Bahia. Se ele é tão cómpéténTi, por que não ficou por lá mesmo pra colocar sua excelência administrativa em favor dos nossos irmãos paraibanos? Pelo que eu sei, Paraíba é a Suíça nem a Noruega. É um estado maltratado há séculos do que tem de mais atrasado e corrupto neste país. E nenhum era carioca.

Cariocas e fluminenses não precisamos de interventores. Nós sabemos cuidar do nosso quintal.

Já fomos maltratados por um mineiro que, sem nos consultar, levou a capital do Brasil lá pra onde o Judas perdeu as botas. Colocou o poder bem longe do povo. A milhares de quilômetros do Rio e de São Paulo. Depois o gaúcho Geisel (esse aí, como ditador, claro que não consultou nem o Congresso) arrebentou com a cidade do Rio de Janeiro com o estupro que foi a fusão.

Depois outro gaúcho (ou seria uruguaio?) destruiu o que restava da nossa economia e da nossa segurança. Com sua política populista e atrasada afastou daqui inúmeras empresas, pois o medo de assaltos e traficantes era enorme. Aliás, este último não conseguiu combater o tráfico de drogas nem dentro da sua família.

Os nascidos em outros estados são bem-vindos. O povo nordestino é maravilhoso. Mas eles que governem seus estados de origem. Ainda mais um rapaz que, assim como já trocou de estado várias vezes, também troca de partido como troca de cueca.  Eu outubro, cariocas e fluminenses vão eleger outro conterrâneo para governar o seu estado. Chega de forasteiros oportunistas cagando regra aqui.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Lula e sua herança

UM DESIGUAL | No poder o ex-operário realizou a maior ruptura nos últimos 80 anos de República

Wanderley Guilherme dos Santos

Wanderley G. dos Santos
"O balanço de Lula contraria os tradicionas compsssos das transações correntes, balança comercial, taxas de câmbio e rubricas aparentadas."
"O crescimento de 4,9%, em média, dos prometidos 50 anos em 5 do Plano de Metas de Juscelino Kubitscheck (1956-1960), (...), e o melhor a partir de então entre os de inspiração liberal, em nada se parece aos 4,1%  do Segundo Plano de Desevolvimento de Ernesto Geisel (1974-1978). Mas 30 anos passados, os modestos 3,5 de Lula II, (...), representam a mais espetacular ruptura das oito últimas décadasmodusfaciendi democrático desaparece nos números). Em outras palavras, quem só vê porcentagens significantes não enxerga o conteúdo sendo significado, ignorando que, na economia, importante é o que está dentro dela, estúpido! - diriam os suecos."
(...)
"Segundo os conservadores, ou bem o Brasil crescia ou evitava a inflação. Escolha difícil, à falta de terceira opção, e JK, apoiado pelo País inteiro, escolheu crescer, enquanto outros, antes e depois dele, preferiram a estagnação. (...)".

(...)

"As entranhas do PIB juscelinista deram ganho de causa aos conservadores. As taxas de crescimento anual da economia foram exuberantes: 1956 = 3,2; 1957 = 8,1; 1958 = 7,7; 1959 = 5,6; 1960 = 9,7. E não seria impróprio atribuir ao carry-over do período juscelinista parte da saborosa taxa de 10,3, em 1961, já no mandato de Jânio Quadros (Conjuntura Econômica, 1972, Separata: 25 anos de Economia Brasileira, Estatísticas Básicas – FGV). Em contraposição, o índice de preços saiu de um patamar de aumento já elevado de 12,4%, em 1955, avançando a 24,4%, em 1956, e terminando o ano de 1959 com 39,5%, recorde desde o restabelecimento da democracia em 1945. Como de costume, o decreto 39.604-A, de 14 de julho de 1956, concedeu adicional de salário somente aos trabalhadores da indústria. Mais usual ainda, não houve reajuste salarial em 1957 ou em 1958 (Ibre/FGV, Índice de Preços Selecionados – Variações Anuais, 1946/1980)."


"A decomposição pelo avesso compromete um pouco o brilho do desempenho agregado dos indicadores econômicos de JK.

"O oposto se dá com as taxas agregadas de aumento do PIB per capita de Lula I e II. Se mais modestas, elas revelam, contudo, a falsificação da tese hegemônica de que vigoroso crescimento econômico seria incompatível com taxas inflacionárias cadentes. Manutenção do poder de compra dos salários, então, segundo a ortodoxia republicana, nem pensar, sendo ademais delirante a hipótese de que, no Brasil, a economia suportaria aumentos reais na renda dos assalariados. Tentativas anteriores teriam conduzido o País ao limite da anarquia política e à desorganização das contas públicas (fortíssimos indícios, de acordo com as mesmas fontes midiáticas conservadoras e seus conselheiros, de planos sindicalistas revolucionários). Como se vê, não é tanto a história que se repete quanto à natureza e origem dos obstáculos que dificultam a sua progressão.

A avalanche de indicadores positivos durante o governo Lula soterrou o pessimismo."


"A retomada do crescimento econômico veio acompanhada de inflação cadente e sob controle, acrescida de inédito aumento na massa de rendimento do trabalho. Em particular, o salário mínimo real dos empregados formais aumentou em 54%, entre 2002 e 2010, estendendo-se o número de trabalhadores com carteira assinada a mais da metade da população economicamente ocupada (Dieese: Política de Valorização do Salário Mínimo, in: Nota Técnica n˚ 86, São Paulo, 2010). Foram mais 15 milhões de brasileiros a obter empregos com direitos trabalhistas reconhecidos (Caged, novembro 2010). Naturalmente, também cresceu o número de assistidos pelo sistema da Previdência Social. A curva do desemprego, outro fantasma da excessiva prudência conservadora, apresentou uma evolução favorável, com taxas cadentes desde 2005 até o recorde favorável de 2010, quando a taxa de desocupação foi reduzida a 5,9% da população economicamente ativa."


"Vale registrar que o desmonte das hipóteses econômicas sombrias se processou com crescente e pacífica participação nos assuntos públicos por parte de todos que o desejaram. Não houve qualquer repressão oficial a movimentos populares, opiniões ou manifestações políticas. Nenhum grupo social popular ou conservador teve cerceados ou amputados direitos de expressão pública. Ao contrário, entre 2003 e 2009, foram promovidas 59 conferências nacionais sobre os mais variados temas, com o envolvimento de mais de 4 milhões de pessoas, ademais da criação ou reorganização de 18 conselhos para tratamento de problemas históricos da população (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Caderno Destaques, novembro/dezembro 2009, Brasília)." 

(...)

"Mas o pernóstico debate sobre atribuído assistencialismo do programa ofusca o princípio ordenador das prioridades do governo e o sentido histórico dos dois mandatos do presidente Lula da Silva. Crescimento econômico, inflação sobre controle, expansão do emprego e redução das desigualdades sociais são metas compatíveis, sim, entre si e com a democracia, desde que o governante adote políticas em harmonia com a agenda preferencial do povo – isto é, do povo de Lula."

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