A vida e o seu sentido. Por que
ninguém nesse mundo é feliz?
Nihil Lemos
Termina mais um dia de árduo trabalho; o homem tira a toalha do seu bolso e enxuga o suor; bebe a água já morna da garrafa térmica. O trabalhador tira a parte de cima do seu uniforme e espera um tanto exausto o seu ônibus que vem lotado no horário, todos saem do trabalho e pegam aquele ônibus. Esse trabalhador é mais um dos tantos outros que fazem a rotina, ele tem a consciência de que a vida dele poderia muito melhor. Ele poderia ser rico e se limitar a cuidar da empresa e andar com seu carro particular com chofer, ter champanhe no seu frigobar… Mas poderia ser um miserável e não ter nem uma água morna para beber após mais um dia frustrante por busca de emprego.
O homem, trabalhador, está feliz, tem emprego, sustenta a família, tem uma mulher que o ama e o seu filho é uma criança maravilhosa. Mas sempre o que é lindo e maravilhoso pode ficar ruim. A felicidade some, o que é bom fica ruim, do emprego em que ele tira sustento ele pode ser demitido, a mulher deixa de o amar e o seu filho adoece gravemente. Sempre pode ficar pior, pois o acaso e a “Mãe Natureza” não estão nem aí para os nossos desejos. Porém o nosso trabalhador imaginário não desiste, ele quer continuar a sua vida mais do que nunca, por mais que muita gente no seu lugar queira se matar.
A vida não é tão boa quanto pensamos, nos reserva uma infinidade de surpresas e a maior parte delas não costuma ser nada boa. Pois ela não existe para nos agradar. Somos uma reles obra da toda poderosa Seleção Natural que nos moldou desde o surgimento da primeira molécula replicante a aparecer nesse planetinha medíocre que é a tal Terra. Não somos nada mais que um simples componente desse Universo, cuja a existência ou não não fará a mínima diferença. E aí? Cadê o seu deus agora? Pois é, poderia ter caprichado mais naquilo que é a “sua imagem e semelhança”. Um deus seria fundamental para toda a existência do cosmo, nós, reles humanos, pobres mortais, não somos fundamentais para o nosso universo.
Para o Arthur Schopenhauer no livro O Universo Como Vontade e Representação (1819), o Universo dependeria de um ser que possa “percebê-lo”, mas a ciência já viu que por uns 10 bilhões de anos o Universo existiu sem nenhum ser para percebê-lo. Caso todas as formas de vida forem exterminadas ele continuará existindo e deixando as coisas acontecerem. Não é a ausência de qualquer ser vivente que acabará com o Universo. Vemos aí que a Natureza é totalmente indiferente conosco, pobres mortais.
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