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sábado, 1 de março de 2014
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
sábado, 6 de outubro de 2012
terça-feira, 3 de julho de 2012
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Luis Melodia: Com amor e muito carinho
Apesar do arranjo meio careta, Melodia prova que um jazz man pode recriar com swing e originalidade a canção mais banal. O que aliás não é o caso desta composição de Eduardo Araujo e Chil Deberto (e que você pensava que é do Roberto Carlos. Admita).
sábado, 3 de dezembro de 2011
Kind of Blue, a obra-prima de Miles Davis
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Há quem considere o disco mais importante da história do jazz |
Kind of Blue
Raphael Galvão
Há algo de desgraçado no jazz. Algo que faz com que ninguém o ouça impunemente, que condena aquele que o conhece a nunca mais conseguir voltar atrás, a nunca mais se contentar de verdade com menos que aquilo; algo que eleva, para sempre, os padrões pelos quais se julga a música, qualquer tipo de música, não apenas a popular.
É difícil, para aquele que ouve o trumpete de Louis Armstrong, ouvir qualquer outra música com trumpete e não exigir que tenha a mesma qualidade, a mesma qualidade dramática, a mesma síncope, o mesmo swing — em última instância, as mesmas notas altas e desesperadas. E isso vale também para o piano, para o trombone, para o saxofone. É no jazz que a banda de música tradicional atinge o ápice, que eleva a arte de tocar esses instrumentos à perfeição.
O jazz é a forma superior de música popular. É o que de melhor fez um século que viu a música erudita se diluir em redundâncias medíocres como as trilhas para cinema ou grandes vazios como a música experimental, e que teve como principal trilha sonora o rock e o pop, galhos menos floridos do mesmo tronco que gerou o jazz.
E Kind of Blue, disco de Miles Davis, é a forma superior de jazz. Nunca mais o jazz atingiria um ponto semelhante, de perfeição quase absoluta. Foi ali, em um disco com a participação de mestres como John Coltrane e Bill Evans, gravado em duas sessões, com o primeiro take sendo o que valia, que o jazz atingiu a perfeição.Kind of Blue é um desses discos fundamentais por uma razão: é perfeito. Das notas iniciais de So What à última nota de All Blues, o que se tem não é a apenas a obra-prima do que chamavam jazz modal; é uma síntese de tudo o que o jazz tinha feito até aquele momento, do dixieland ao bebop: é a música popular elevada ao nível máximo que ela pode alcançar, quase ao nível da música erudita tradicional.
Embora tenham sido Louis Armstrong e Duke Ellington a dar ao jazz o status de arte, foi aquela geração — Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Miles Davis e John Coltrane, pela ordem — que elevou o jazz ao ponto máximo da música ocidental. Uma geração ambiciosa, consistente, que explodia os limites da música e apontava uma infinidade de caminhos ao mesmo tempo em que solidificava, com um talento nunca mais igualado, uma tradição de 50 anos de jazz. Infelizmente, quase na mesma época surgiria Ornette Coleman com uma nova mudança, e a porteira seria aberta para bobagens como free jazz e fusion; mas isso não importa. Ouve Ornette Coleman quem quer e quem gosta. O importante, mesmo, é que há um disco que explica, sem sequer uma palavra, o que é o jazz, que concentra em cinco faixas cinqüenta anos do mais assombroso gênero musical que o século XX criou. E esse disco é Kind of Blue.
A Barracuda, do Freddy Bilyk, lançou no começo deste ano um livro que conta a saga desse disco: “Kind of Blue — A história da obra prima de Miles Davis“, de Ashley Kahn, conta a história desse disco de maneira inteligente e simples. Contextualiza o disco em sua época e nas trajetórias de seus músicos, sem perder tempo com fofocas e explorações sensacionalistas ou simplesmente mundanas de detalhes pouco importantes, como os problemas com drogas que praticamente todos eles enfrentaram.
Kahn mostra o processo de criação das músicas, explicando a razão de cada termo utilizado com clareza e simplicidade notáveis. Detalha cada sessão, e explica cada música de um jeito simples mas completo. Explica por que o disco foi tão importante. E explora o legado de um álbum que foi recebido sem tanta euforia, mas que aos poucos se consolidou como o disco mais importante da história do jazz.
A importância de Miles Davis pode ser medida pelo que ele disse em um jantar na Casa Branca. Naquela ocasião, ele não mentiu. E Kind of Blue foi uma dessas revoluções. Talvez não tão importante, do ponto de vista “revolucionário”, quantoBirth of Cool; mas um disco estupidamente superior.
Por explorar com simplicidade um assunto tão fascinante mas ao mesmo tempo tão complexo, “Kind of Blue” é um daqueles livros indispensáveis para quem gosta de jazz, mas também para músicos que querem saber como pode funcionar uma sessão de gravação. É importante, também, para compositores que buscam densidade em seu processo criativo.
Há alguns anos, a Gabi me convidou para escrever uma coluna sobre jazz no site da Antena 1. A resposta foi a costumeira, uma recusa, mas dessa vez não foi apenas pela falta de tempo crônica: eu sabia que jamais poderia escrever sobre jazz porque isso requer uma erudição que eu, definitivamente, não tenho. Palavras e expressões como diatônica, escala cromática, modalismo não fazem parte do meu vocabulário habitual. E ler “Kind of Blue” me deixou com a certeza de que eu estava certíssimo ao dizer não. Mas, ainda mais que isso, me deu o conforto de saber que um sujeito como Ashley Kahn pode tornar essas palavras difíceis compreensíveis até para mim.
Copicolado do PQP Bach
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Hi-de-ho, apresentamos Cab Calloway
Nasceu em uma família de classe média em Rochester, Nova York, no natal de 1907. Em 1931, gravou a famosa "Minnie the Moocher" (que mais tarde apareceria no famoso desenho da Betty Boop, assim como as músicas "St James Infirmary Blues" e "The Old Man of the Mountain", ambas cantadas por Cab).
Calloway tinha um estilo enérgico de cantar e liderou uma das mais famosas big bands dos Estados Unidos, no começo de 1930 até o final de 1940. A orquestra de Calloway contava com instrumentistas que incluia os trompetistas Dizzy Gillespie e Adolphus "Doc" Cheatham, saxofonista Ben Webster e Leon "Chu" Berry, o violonista de Nova Orleães, Danny Baker, e baixista Milt Hilton.
Gravou inúmeros filmes, onde se mostrava um ótimo ator e cantor, como também um excelente dançarino, misturando elementos de sapateado com passos que remetiam à dança de rua popularizada somente nos anos 70.
Cab Calloway continuou a atuar até sua morte em 1994, com 86 anos.
Calloway tinha um estilo enérgico de cantar e liderou uma das mais famosas big bands dos Estados Unidos, no começo de 1930 até o final de 1940. A orquestra de Calloway contava com instrumentistas que incluia os trompetistas Dizzy Gillespie e Adolphus "Doc" Cheatham, saxofonista Ben Webster e Leon "Chu" Berry, o violonista de Nova Orleães, Danny Baker, e baixista Milt Hilton.
Gravou inúmeros filmes, onde se mostrava um ótimo ator e cantor, como também um excelente dançarino, misturando elementos de sapateado com passos que remetiam à dança de rua popularizada somente nos anos 70.
No vídeo abaixo podemos vê-lo cantando - e dançando - seu maior sucesso, Minie the Moucher e também o seu grito de guerra Hi-de-ho!!!
Cab Calloway continuou a atuar até sua morte em 1994, com 86 anos.
Fontes: Wikipedia e Castro, Ruy; Tempestade de Ritmos, Cia das Letras, 2007.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Esse é de Miles
Miles Davis. Essa gravação do disco Kind of Blue (talvez o disco de jazz mais conhecido de todos os tempos) contou ainda com Sonny Rollins no sax tenor, Bill Evans no Piano e Connoball Adderley no sax alto.
O baterista é um cara famosíssimo, mas que eu esqueci o nome...
O baterista é um cara famosíssimo, mas que eu esqueci o nome...
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