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sábado, 16 de junho de 2012

A igreja da sustentabilidade

O ceticismo em relação ao aquecimento global


Rio +20: o que está em jogo; 
por baixo e por cima do pano

Marco Antonio L

A Rio+20 vai se constituindo como um evento contraditório, com muito de “Woodstock” e grande confusão de opiniões em torno de conceitos talismânicos.

Para a imensa maioria dos brasileiros, a Rio+20 soa como uma cacofonia indecifrável. Mas, no meio dessa confusão, far-se-á astutamente sentir uma pressão ideológica cujo fundo não é de cor verde, mas do velho vermelho marxista.

Há princípios e critérios de orientação que poderão ajudar o leitor a discernir com toda a clareza possível o que verdadeiramente vai se decidir nessa confusão programada.

O professor Ricardo Felício, do Departamento de Climatologia da Geografia da USP, vem ocupando merecida posição de destaque entre o crescente número de especialistas que contestam os terrores artificiais gerados pelo ambientalismo para satisfazer finalidades que nada têm a ver com a ciência.

Em entrevista concedida no mês de outubro de 2011, ele disse que as metas adotadas pelos governos estaduais de São Paulo e do Rio contra o ‘efeito estufa’ “são completamente inócuas para o clima da Terra, pois os chamados gases-estufa, da forma que falam, não existem!”. 

Grimpice põe a culpa no pum da vaquinha
CO2: há um engodo pseudocientífico que toca no absurdo“É um verdadeiro engodo pseudocientífico ficar realizando esta estúpida contabilização de carbono. Note que tudo se baseia em realizar inventários de gases. Significa que eles controlam o clima? Isto é um verdadeiro absurdo! Não há física por trás destas afirmações. Quem controla o clima é o Sol; além deste, os oceanos, vulcões, nuvens, criosfera. Os gases não o fazem. Não o fizeram no passado, não o fazem agora e nunca o farão”.

Para quem é leigo na matéria como nós, nada de mais sensato: basta olhar para o Sol. É o que fazemos todo dia pela manha. É ele que vai determinar nosso dia e até a roupa que vamos usar.

“Assim sendo – prosseguiu Felício –, todos esses políticos, de todas as esferas de governo, trabalham para uma agenda mundial e não para defender os interesses do povo brasileiro”.

O princípio é muito importante para se ter presente quando o noticiário da Rio+20 nos martelar o oposto.

O Prof. Ricardo Felício afastou o rótulo de “céticos” – que neste blog sempre recusamos – colado nos cientistas objetivos que defendem a independência da ciência das manipulações ideológicas “vermelhas”.

“Se eles têm tanta certeza do que afirmam e se podem defender tão bem as suas hipóteses, então por que não colocam suas argumentações em debate com os chamados ‘céticos’?”.

O secretário nacional de Mudanças Climáticas, Eduardo Assad, afirma que o “ceticismo” sobre as mudanças climáticas não é a posição da USP como um todo. E ele cita como exemplo professores como o físico Paulo Artaxo. Quem escreve lamenta que este respeitado acadêmico não tenha querido comparecer ao debate público com o Prof. Luiz Carlos Molion sobre o aquecimento global na Band. A desistência deixou a sensação de que ele percebia que não conseguiria sustentar o debate.

“Simplesmente – explicou o Prof. Ricardo Felício – porque não tem sustentação ou porque suas hipóteses não podem ser comprovadas.

“Assim sendo, omitem-se de participar dos debates ou simplesmente realizam os seus debates entre eles mesmos, os chamados ‘enlatados científicos’, que dão maior visibilidade.

“Quando um destes se coloca numa posição de não querer debater, cria-se um dogma, ou seja, parte-se para a religião.

“Desta forma, é exatamente o que a nossa sociedade técnico-científica-informacional hoje está passando: pela igreja da sustentabilidade”.

Audácia do Boff

O Prof. Ricardo Felício fala como acadêmico e cientista. Mas, como simples leigos, podemos acrescentar que essa religião tem sumos-sacerdotes e “grandes” teólogos como o ex-frei Leonardo Boff, que vem espalhando nos ambientes católicos e não católicos as teorias esotérico-religiosas da extinção da humanidade.

Para o especialista em climatologia antártica, é sesquipedal ter que “defender os princípios científicos, a ética, o seu país, as pessoas que sofrerão com toda esta patifaria do terrorismo climático, inventado por um órgão autonomeado da ONU”, referindo-se ao famigerado IPCC já tantas vezes denunciado pelos seus múltiplos desacertos, erros e fraudes.

“Na verdade – continuou –, pertenço a uma minoria que tem a coragem de se manifestar contra este mito religioso ridículo que é o ‘aquecimento global’ e as ‘mudanças climáticas’, porque aqui dentro da Universidade existem muito mais cientistas que são céticos, só que lhes faltam a coragem em poder se pronunciar, pois sabem que se o fizerem, perderão muito do seu prestígio e acabarão com as suas carreiras, além de perderem financiamentos etc.”.

Para o professor, trata-se de uma verdadeira Inquisição que utiliza os métodos atribuídos à Idade Média.

Em sentido contrário, relembrou o Global Warming Petition Project assinado por 31 mil cientistas americanos que denunciam as fraudes do “aquecimentismo”. Se a mídia brasileira informasse corretamente sobre a atividade e as posições desses cientistas, sem menosprezá-los como céticos, “o mito perderia o seu poder aqui também”.

Mas é na grande mídia – acrescentamos – que está montado o Tribunal Supremo da Inquisição que, como na novela de Orwell, define a cada dia o que o cidadão-livre pode pensar ou não!

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