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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Produtor rural não pode ser considerado inimigo do meio-ambiente

Uma oposição estéril ao Código Florestal, presta
 enorme desserviço ao Brasil rural

UM CÓDIGO FLORESTAL PARA O BRASIL

Delúbio Soares (*)

O Brasil não se decepcionou com a decisão da presidente Dilma Rousseff ao vetar 12 pontos fundamentais e fazer 31 modificações no novo Código Florestal. Dessas mudanças, 14 recuperaram o que foi texto original aprovado em 2011 pelo Senado Federal, 5 são dispositivos novos e 13 são ajustes e adequações de conteúdo de tão debatido projeto.

A presidenta, consoante com a realidade de um país que já despertou para a importantíssima questão ambiental, também vetou a anistia aos desmatadores, aos que agrediram nosso meio-ambiente e promoveram autênticas chacinas naturais ao derrubarem milhões de árvores, devastarem imensas áreas verdes e cometerem atrocidades como queimadas, contaminação do solo e do lençol freático, etc, etc…

A intervenção corajosa da presidenta da República no texto de um instituto tão aguardado pela sociedade brasileira como é o Código Florestal, restitui racionalidade e razoabilidade ao processo. Dilma, com a sensatez e coragem que conhecemos, fez o que qualquer líder sério de qualquer das grandes nações do mundo faria em favor do seu país e em benefício do futuro da humanidade.

Não podem ser considerados produtores rurais – grandes, médios ou pequenos – os que se insurgiram de forma emocional e desabrida contra um conjunto de regras legais que servirão para proteger um bem comum. Os verdadeiros produtores e líderes rurais são os que compreendem a grandeza da questão e sempre se portaram ou já se adequaram às exigências de proteção e respeito ao meio-ambiente.

Tenho estado com grandes empresários rurais, líderes cooperativistas, médios e pequenos produtores, gente que vive no campo e do campo, gente simples e trabalhadora que constrói a fabulosa agricultura nacional. Dialoguei com essa gente que faz nossa riqueza agrícola em Goiás, no Tocantins, em Mato Grosso, na Bahia ou em Minas Gerais, e não escutei de nenhum deles qualquer declaração negativa em relação à políticas do governo de Dilma Rousseff ou dos governos do presidente Lula para o setor. Jamais a agricultura nacional teve tanto respeito e incentivo por parte do Poder Executivo como nos dois governos do PT e dos partidos da base aliada. O agronegócio – me disseram todos eles – tem sido encarado como o que de fato ele é: uma grande mola propulsora de nossa economia e, especialmente, de nossas exportações.

Os que, atrevida e falsamente, se colocam como representantes do homem da terra e das forças produtoras de nossa agricultura e de nossa pecuária e realizam oposição estéril ao Código Florestal, prestam enorme desserviço ao Brasil rural, ao Brasil do campo, ao Brasil da produção e da riqueza. Os homens que produzem, que tiram da terra o nosso alimento, que opulentam a nossa balança comercial trazendo divisas para o Brasil e participando do esforço de supersafras que se superam a cada ano, são brasileiros da melhor qualidade, comprometidos com o desenvolvimento econômico e o progresso social. São homens simples, mas não são despreparados.

Nossos fazendeiros, sitiantes, pequenos ou médios produtores, além dos grandes produtores de grãos e de outras ‘commodities’, não podem ser apresentados como inimigos do meio-ambiente e nem cidadãos atrasados e comprometidos com as forças reacionárias que combatem levianamente o projeto original do Código Florestal. Eles desenvolveram a agroindústria brasileira de forma espetacular nos últimos anos, mesmo enfrentando governos insensíveis ao campo, mesmo sofrendo com as disparidades cambiais, as intempéries e toda uma gama de fatores que se refletem de forma negativa em suas atividades. Parodiando mestre Euclides da Cunha, o agricultor brasileiro é, antes de tudo, um forte.

(*) Delúbio é professor.

Leia todo artigo em Companheiro Delúbio


Comentário de Bob Fernandes

Nelson Jobim desmente Veja sobre reunião com Lula e Gilmar Mendes


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Globo e Psol, tudo a ver

Psol: moralismo e liberdade
Cruzamento de jacaré com cobra d'água
Blog do Bepe

Chamam a atenção os espaços generosos cedidos pelas organizações Globo às poucas figuras públicas de um manopartido, pretensamente de ultraesquerda, que atende pelo nome de Psol. A base do casamento de conveniências é o falso discurso moralista e udenista de ambos, cujo alvo de sempre é o que eles chamam pejorativamente de lulopetismo, mas que, para a maioria esmagadora da população brasileira, é um vitorioso projeto democrático-popular, em curso no país há quase 10 anos. O cinismo mais escrachado dá o tom da relação psolista-global. Será que o Ali Kamel não sabe que o Psol defende a quebra de contratos e o não pagamento da dívida pública do país ? Quer dizer, então, que nem o neoliberalismo atávico dos executivos dos veículos da família Marinho foi capaz de detectar as insanáveis contradições entre o ideário global e o programa do Psol para o Brasil ?

Leia todo o artigo no Blog do Bepe

sábado, 19 de maio de 2012

As cartas "secretas" de Herr Ratzinger


Son tudo intriga dos comonista

Publicação de cartas secretas do papa gera escândalo na Itália



Roma - A publicação de uma série de cartas confidenciais do papa Bento XVI sobre temas quentes, como as intrigas do Vaticano e os escândalos sexuais do padre mexicano Macial Maciel, provocou desconforto na Itália diante de um vazamento de informações sem precedentes.

Um resumo do livro, que estará a venda no sábado em toda a Itália com o título "Sua Santidade, cartas secretas do Papa", escrito por Gianluigi Nuzzi, autor do best-seller "Vaticano SA", sobre as finanças da Santa Sé, foi publicado nesta sexta-feira (18/5) pelo jornal Il Corriere della Sera.

Baseado em cartas confidenciais destinadas ao papa Bento XVI e ao seu secretário pessoal, Gerog Gaenswein, o livro descreve manobras e confabulações dentro do Vaticano e inclui relatórios internos enviados para o Papa sobre políticos italianos como Silvio Berlusconi e o presidente da República Giorgio Napolitano.

Também relata os confrontos com a chanceler alemã Angela Merkel sobre aqueles que negam o Holocausto, e as confissões do secretário do fundador da Congregação Mexicana Legionários de Cristo, Marcial Maciel, acusado de abusar de crianças e de ter uma vida dupla com duas esposas e filhos.

Nuzzi teve acesso, possivelmente através de funcionários da Secretaria de Estado, a centenas de documentos, incluindo alguns que levam o selo "Reservado", que foram elaborados pelo mesmo secretariado.

Este é o maior vazamento de documentos na história recente do Vaticano, que até agora não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Entre as informações vazadas, figuram diretrizes específicas para tratar de questões com o Estado italiano por ocasião da visita presidencial em 2009.

"Devemos evitar qualquer equivalência entre a família fundada sobre o matrimônio e outros tipos de uniões", diz o texto. De acordo com trechos publicados pelo Il Corriere della Sera no suplemento especial "Sette", o secretário do papa recebeu por fax todos os detalhes do chamado "escândalo Boffo", a operação para desacreditar o editor do jornal Avvenire, jornal da Conferência Episcopal italiana, mediante acusações falsas de assédio homossexual e homossexualidade contra o jornalista Dino Boffo.

Leia todo o artigo em Luis Nassif Online

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Bob Freire paga o maior mico do ano (até agora)

Ele acreditou numa notícia que qualquer imbecil saberia tratar-se de um fake e se indignou através do Twitter. Isso merecia uma CPI. A CPI da burrice.


A falsa notícia que somente o estúpido acima não percebeu tratar-se de uma brincadeira está AQUI.
O criminoso sempre volta ao local do crime

Sérgio Vianna (*)

Há uma tese, muito defendida pela polícia e por advogados, que o criminoso sempre volta ao local do crime.

No caso da criminosa Veja, o chefe de redação fez esse papel, quando escreve que "fonte corrupta não corrompe a revista", e o dono fez a outra visita ao mesmo local, quando publica aquela capa dizendo que a CPMI do Cachoeira é cobertura de fumaça para o mensalão.

Caso típico de criminoso tentando passar a responsabilidade de seus atos para as vítimas.

O estuprador costuma dizer que a vítima o provocou mostrando-lhe as pernas.

A Abril tinha no horizonte de 2012 o julgamento do mensalão e sua frase repetida à exaustão por todo o PIG: "o maior escândalo de corrupção da história do Brasil".

Ao perceber que o horizonte de seus sonhos dividiria espaço com as investigações da quadrilha do Cachoeira, a revista tentou mais uma manipulação, visando garantir o teatro do julgamento no Supremo.

Acabou por se mostrar na cena do crime, na montagem de falsas denúncias contra adversários de seus interesses.

Os erros cometidos no mensalão estão longe de se comparar ao maior escândalo de corrupção do país. Aliás, não entra na mesma lista, se houver listagens com gradações de intensidade de dolo contra o patrimônio público.

O mensalão é caixa dois, atividade rastaquera de gente preguiçosa, e que não utilizou recursos públicos, mas financiamento oculto (caixa 2) de campanha e empréstimos privados para pagamento de dívidas da campanha das eleições de prefeito de 2004.

O livro "A Privataria Tucana" mostra e demonstra o que é, de fato, uma corrupção atentatória contra o Estado brasileiro.

(*) Sérgio Vianna é leitor assíduo do meu blog. Faz comentários tão bons (como este acima) que eu resolvi promovê-lo a post. Grande Sérgio!

O silêncio da mídia sobre as relações Veja/bandidagem

Por que a mídia nativa fecha-se em copas
diante das relações entre Carlinhos
 Cachoeira e a revista
Veja?

Trevas ao meio-dia

Mino Carta

Por que a mídia nativa fecha-se em copas diante das relações entre Carlinhos Cachoeira e a revista Veja? O que a induz ao silêncio? O espírito de corpo? Não é o que acontece nos países onde o jornalismo não se confunde com o poder e em vez de servir a este serve ao seu público. Ali os órgãos midiáticos estão atentos aos deslizes deste ou daquele entre seus pares e não hesitam em denunciar a traição aos valores indispensáveis à prática do jornalismo. Trata-se de combater o mal para preservar a saúde de todos. Ou seja, a dignidade da profissão. O Reino Unido é excelente e atualíssimo exemplo. Estabelecida com absoluta nitidez a diferença entre o sensacionalismo desvairado dos tabloides e o arraigado senso de responsabilidade da mídia tradicional, foi esta que precipitou a CPI habilitada a demolir o castelo britânico de Rupert Murdoch. Isto é, a revelar o comportamento da tropa murdoquiana com o mesmo empenho investigativo reservado à elucidação de qualquer gênero de crime. Não pode haver condão para figuras da laia do magnata midiático australiano e ele está sujeito à expulsão da ilha para o seu bunker nova-iorquino, declarado incapaz de gerir sua empresa. O Brasil não é o Reino Unido, a gente sabe. A mídia britânica, aberta em leque, representa todas as correntes de pensamento. Aqui, terra dos herdeiros da casa-grande e da senzala, padecemos a presença maciça da mídia do pensamento único. Na hora em que vislumbram a chance, por mais remota, de algum risco, os senhores da casa-grande unem-se na mesma margem, de sorte a manter seu reduto intocado. Nada de mudanças, e que o deus da marcha da família nos abençoe. A corporação é o próprio poder, de sorte a entender liberdade de imprensa como a sua liberdade de divulgar o que bem lhe aprouver. A distorcer, a inventar, a omitir, a mentir. Neste enredo vale acentuar o desempenho da revista Veja. De puríssima marca murdoquiana.

Leia todo artigo em CartaCapital.