Roberto executa o mais querido
Roberto Porto
Naquele distante domingo, 13 de dezembro de 1964, o Botafogo, embora dono de um excelente elenco, pouco ou nada tinha que fazer diante do Mais Querido, campeão carioca do ano anterior. O Glorioso, a rigor, o mais que podia era derrotar o adversário e deixar o título para ser decidido apenas entre Bangu e Fluminense numa melhor de três. Havia, porém, um motivo sentimental à parte: Nílton Santos decidira que aquela seria sua última partida oficial pelo Botafogo no Maracanã, já que havia uma outra, amistosa, para cumprir na Bahia, por força contratual. Aos 39 anos, Nílton, atuando como quarto zagueiro, já não sentia motivação para seguir em sua jornada.
A alegria de mandar o Coiso pras profundas do inferno |
Antes do início da partida, o Simpaticíssimo ofereceu uma salva de prata a Nílton Santos, como homenagem à sua vitoriosa carreira, iniciada em 1948, como lateral-esquerdo de um time que entrou para a história do Botafogo. O encarregado de entregar a salva de prata a Nílton Santos foi o jornalista-empresário Drault Ernani Filho, rubro-negro mais do que ferrenho. Drault, inclusive, foi de uma infelicidade à toda prova no momento em que ele e Nílton saíam juntos do gramado, pois o jogador iria entregar o troféu no túnel alvinegro. E, sabendo que o jogo seria decisivo para as pretensões de seu clube, disse uma frase que Nílton Santos considerou ofensiva:
— Veja lá o que você vai fazer em campo hoje, Nílton...
Nílton Santos foi curto e grosso em sua resposta:
— Vá lá para a tribuna que você vai ver...
(...)
O final da história você pode ler AQUI
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