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sábado, 7 de janeiro de 2012

Dawkins entrevista Hitchens

Aqui no Brasil, Dawkins talvez fosse denunciado pelos jornalistas diplomados por ter feito esta entrevista com seu hoje saudoso amigo Crhistopher Hitchens.


Mas como eu não gosto de jornalistas (assim como não gosto de economistas, contadores, teólogos, psicólogos, enólogos etc) resolvi publicar, pois de uma só tacada encho o saco de uma penca dessas figuras nojentas.


Mas tive o cuidado de pescar um pequeníssimo trecho da entrevista. A totalidade de meus leitores (2) estão reclamando do tamanho dos meus posts. Um psicólogo diria que é uma forma de compensação peniana. Eu não acho nada, pois sou ultra-democrático e aceito qualquer crítica. Sou tão democrático que seria capaz de mandar fuzilar todos os que discordam da (minha) democracia. Mas sou um velho de merda não posso mandar fuzilar ninguém. Portanto, acalmem-se tijucanos de todo o Brasil.


Só mais uma coisinha (pequena) no início da entrevista o Vaticano (coitado do velho) é citado como o maior incentivador do nazismo. Que horror!


Hitchens: Nunca tenha medo de ser acusado de chato



Dawkins: Uma das minhas principais queixas quanto à religião é o modo como rotulam uma criança como "católica" ou "muçulmana". De tanto reclamar disso, estou até chato.

Hitchens: Nunca tenha medo de ser acusado de chato, ou de excessivamente rigoroso. Não há mal no excesso de rigor. O rigor é o mínimo que você deve empregar como arma. Se você continuar a insistir em algo, o pior que podem dizer é que você é tedioso.

D: Hoje mesmo recebi um texto de conselhos, de um site do governo britânico, intitulado "As Responsabilidades dos Pais" ou algo assim. Uma das responsabilidades era "determinar a religião do filho". Literalmente, determinar. Mas quando me queixo a esse respeito me dizem que ninguém rotula as crianças.

H: O governo, sim. A meu ver, isso vem de uma política imperial britânica, que, por sua vez, veio de impérios otomanos e anteriores: você classifica seus novos súditos segundo a fé deles.

Você pode ser um cidadão otomano, mas é um cidadão otomano judeu ou cristão armênio. E algumas dessas religiões dizem às crianças que as crianças de outras religiões vão para o inferno. Acho que não podemos proibir isso, nem podemos descrevê-lo como "discurso de ódio" - embora eu tenha minhas dúvidas-mas deveria causar alguma desaprovação.

D: Eu chamaria isso é abuso infantil mental.

H: Como libertário, não tenho como dizer que as pessoas não deveriam educar seus filhos segundo seus direitos, por exemplo. Mas a criança possui direitos, e a sociedade, também. Não permitimos a mutilação genital feminina, e acho que não deveríamos tolerar a masculina.

Mas seria muito difícil afirmar que você não tem o direito de dizer a seu filho que ele tem sorte e que ingressou para a única fé verdadeira. Não vejo como deter isso. Acho apenas que o resto da sociedade deveria olhar para isso com um pouco de desaprovação, coisa que não acontece.

D: Há uma tendência entre liberais de achar que a religião deveria estar fora de discussão. É o caso do Sr & Silva, por exemplo.

H: Ou até mesmo de achar que existe um racismo antirreligioso, algo que, a meu ver, é uma limitação terrível.

Leia toda a entrevista AQUI.


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