Gosto do Rio mais ou menos como gosto do povão: meio que de longe.
O Rio de dezembro a março é simplesmente insuportável. Vejamos:
dezembro - temos o insuportável Natal. Uma festa que comemora no dia errado o nascimento de um maluquinho que nasceu no ano 1 (deveria ser ano zero) e que é o responsável, inclusive, por boa parte da pedofilia que existe no mundo. Vide os milhares e milhares de pedófilos de batina. Não se pode nem pensar em ir até o Centro. As ruas ficam mais imundas ainda com milhares de camelôs berrando no seu ouvido. (noutro dia, na saída da estação Uruguaiana, quase levei um tombo por causa do berro de uma crioula gorda que vendia um passarinho elétrico diretamente no meu ouvido esquerdo).
Ainda em dezembro temos a passagem de ano em Copacabana que azucrina a vida de todos os que moram na insuportável Zona Sul. Ruas interditadas; cachaceiros a pé e ao volante. Uma merda.
janeiro - aumenta mais ainda o calor. Aqui nessa bosta de prédio que eu sobrevivo tenho que fechar a janela do meu cubículo (escritório), pois o barulho das demoníacas sinaleiras de garagem me deixam ainda mais maluco do que o "normal". Resultado: conta de energia alta pra caraleo. Foda-se. Não vou morrer assado nem surdo.
fevereiro - ainda bem que é o mês mais curto do ano. Aqui no Rio, antes de inventarem as porras dos blocos de imundos, o período de Carnaval já foi muito bom. Eu percebi que era uma babaquice ir para lugares tipo Região dos Lagos e passei uns 10 Carnavais numa boa na outrora Cidade Maravilhosa. Estacionamento fácil. Cinema sem filas. Muito bom. Até que uns maconheiros filhos da puta inventaram os tais blocos de imundos. Acabou a sopa. Barulho (são todos brancos e não sabem nem a já irritante batida de samba de terreiro); mijo, cocô. Enfim, todo tipo de imundície e falta de educação. E o pior de tudo é que de uns 3 anos pra cá, essas merdas saem uma semana antes do Tríduo Momesco e - pasmem! - uma semana depois. São os filhos das putas que vão viajar, mas querem mijar e cagar na rua pra mostrar que estão felizes da vida.
março - o calor já começa deixar de ser senegalês pra ser angolano. Mas aí vem a desgraça maior: mudo de idade. E sempre pra cima. No próximo março farei - se vivo ainda estiver - 60 anos. Desgraça pouca é bobagem.
Aí é só esperar a Semana Santa com seus feriados e semi-feriados inconvenientes (sou aposentado e detesto feriado). Às vezes cai em março, noutras, em abril.
Aécio Neves (PSDB-RJ) nosso senador carnavalesco |
Mas, quem mandou não estudar? Bem feito! Ainda bem que posso contornar a Tijuca pra ir visitar meus netos no meu saudoso Engenho de Dentro (quente pra cacete!)
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