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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Rua Gago Coutinho

Muita gente deve achar estranho que uma rua tenha seu nome ligado a um certo tipo de desordem da fala, a disfemia, popularmente conhecida como gagueira.

Coutinho no auge de sua carreira
Outra coisa que causa espécie é o nome de uma rua no bairro carioca de Laranjeiras homenagear um paulista de Piracicaba.

Mas a explicação, embora pouco conhecida é muito simples.

Antônio Wilson Honório, mais conhecido como Coutinho, atuou muito tempo ao lado daquele que foi o melhor jogador de futebol de todos os tempos, Pelé. Os mais experientes como o autor dessas mal traçadas lembra-se perfeitamente do locutor encantado com as jogadas geniais desses dois astros do futebol. Era a famosíssima tabelinha Pelé-Coutinho.

O que poucos sabem é que Coutinho tinha uma namorada no bairro fluminense que já abrigara o maior escritor brasileiro de todos os tempos, Machado de Assis que, diga-se de passagem, era tio-bisavô do não menos famoso atacante afro-tricolor Assis.

O aprazível logradouro carioca
Assim, o governador interino do antigo estado da Guanabara, Sette Câmara, através do decreto  8.335/1960 deu o nome da rua muito frequentada pelo craque de Gago Coutinho.

Mas por que Gago? Explico: Coutinho ficava tão maravilhado com os dribles, matadas no peito, e arrancadas de seu companheiro de Santos FC que, com o tempo foi ficando disfêmico.

Tenho informações de que Coutinho, depois de anos e anos submetido a tratamento de um grande fonoaudiólogo de São Paulo, melhorou bastante da gagueira. Mas sua disfemia para sempre ficará lembrada. Principalmente por aqueles que forem ao Palácio Laranjeiras ou ao Mercado São José, pois a rua tem um guardador de automóveis muito simpático, o sr Mengálvio.

Daí chamar-se rua Gago Coutinho, Pelé e Pepe.

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